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09/03/2006 - 10h12

Temporada da OSB tem efemérides e contemporâneos

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IRINEU FRANCO PERPETUO
da Folha de S.Paulo, no Rio

O maestro alemão Kurt Masur, os pianistas Nelson Freire, Valentina Lisitsa e Arnaldo Cohen e a violinista Nadja Salerno-Sonnenberg são os principais destaques da temporada 2006 da Orquestra Sinfônica Brasileira da Cidade do Rio de Janeiro, anunciada ontem.

Mantida pela Prefeitura do Rio de Janeiro e pela Companhia Vale do Rio Doce, a OSB tem como diretor artístico, desde meados do ano passado, o regente paulista Roberto Minczuk, que se desligou da Osesp, onde era diretor artístico adjunto. Minczuk montou uma temporada com 50 concertos, 20 dos quais divididos em quatro séries de assinaturas, com cinco apresentações cada uma: Ametista Noturna, Turmalina Pianistas, Topázio Vesperal e Ônix Noturna.

Os preços das assinaturas variam entre R$ 60 e R$ 404, e as apresentações acontecem no Teatro Municipal -para maio de 2008 está prometida a inauguração da Cidade da Música, um ambicioso complexo na Barra da Tijuca que deve funcionar como sede da orquestra.

Minczuk, que divide suas atividades no Rio com a direção da Orquestra de Calgary, no Canadá, e do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, promete passar bastante tempo no Rio: "Já me considero cidadão carioca, estou morando aqui e vou reger pelo menos metade dos concertos da orquestra".

A temporada 2006 deve lembrar as efemérides de 250 anos de Mozart, do centenário de nascimento de Chostakovitch e dos 150 anos de morte de Schumann, compositor do qual a sinfônica vai interpretar as quatro sinfonias.

O primeiro concerto acontece dia 25, quando, sob a batuta de Minczuk, a OSB toca a orquestração de Mozart para o oratório "O Messias", de Händel, com um quarteto solista que destaca a soprano Donna Brown, com a qual ele gravou as "Bachianas Brasileiras nº 5", de Villa-Lobos, pelo selo escandinavo Bis.

O mestre do classicismo austríaco será lembrado ainda na série Turmalina Pianistas, na qual os cinco solistas convidados tocarão pelo menos um concerto para teclado do compositor, destacando a russa Valentina Lisitsa e os cariocas Jean Louis Steuerman e Eduardo Monteiro.

Velho amigo de Minczuk, o maestro germânico Kurt Masur, 78, rege o concerto que tem como convidado o pianista carioca radicado nos EUA Arnaldo Cohen. Por sua vez, o pianista mineiro Nelson Freire é o solista da aparição da OSB no festival de Campos do Jordão, em 15/7, tocando ainda com a orquestra, no Rio, em 12/8.

Outro nome internacional de peso é a violinista Nadja Salerno-Sonnenberg, que apresenta o primeiro concerto de Chostakovitch para seu instrumento no dia 26.

Afirmando que "a orquestra sinfônica não pode ser só um museu de obras-primas do passado", Minczuk abre também espaço para a música contemporânea. Em 30/9, ele rege a estréia mundial de "Who Cares if She Cries", de Jocy de Oliveira, ficando para o dia 4/ 10, junto do "Réquiem", de Mozart, "On the Transmigration of Souls", dedicada às vítimas dos atentados do 11 de Setembro pelo compositor minimalista norte-americano John Adams.

O jornalista Irineu Franco Perpetuo viajou ao Rio de Janeiro a convite da OSB

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