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13/03/2006 - 19h55

"Sinhá Moça" marca 35 pontos com casal insosso

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KARINA KLINGER
da Folha Online

Depois de explorar a reencarnação do amor em "Alma Gêmea" numa história surreal até o seu desfecho, a Globo investe em um drama mais realista. A cruel sociedade escravocrata brasileira e os relacionamentos em tempos extremos é o tema de "Sinhá Moça", que estreou nesta segunda com 35 pontos de audiência e 56% dos televisores ligados na Grande São Paulo, em medição prévia.

Divulgação
Débora Falabella protagoniza remake de "Sinhá Moça"
Débora Falabella protagoniza remake de "Sinhá Moça"
Remake do folhetim de Benedito Ruy Barbosa, que foi ao ar em 1986 na Rede Globo, a trama empatou no ibope com sua antecessora. "Alma Gêmea", que conseguiu audiência de trama das oito no horário ao longo do ano, também ficou com 35 pontos no Ibope em seu primeiro dia no ar, mas com 53% de share, três pontos a menos que não indicam necessariamente maior participação do telespectador, pelo menos em prévia medição.

O primeiro capítulo da novela "Sinhá Moça" deu sinais de que o elenco maquiavélico deverá roubar a cena. Assim como Rubens de Falco fez na primeira versão ao dar vida ao maldoso Barão de Araruana, o ator Osmar Prado, o atual coronel-carrasco, segue os mesmos passos.

Enquanto isso o casalzinho água com açúcar da novela está bem sem sal. A atriz Deborah Falabella, a nova Sinhá Moça, filha do barão, é talentosa, mas o seu mocinho é um verdadeiro fiasco. Danton Mello, o advogado Rodolfo, é pouco expressivo. Tomara que ele ganhe força ao longo dos meses, afinal em estréia são possíveis as derrapagens.

Por outro lado, Benedito teve a sorte de ficar com Bruno Gagliasso, que após viver um personagem gay em "América", deve animar o folhetim de época das seis ao se apaixonar por um mulher sem rosto, Ana do véu (Isis Valverde).

A jovem deveria se casar com Rodolfo, mas Ricardo, vivido por Bruno, irá se apaixonar pela moça. Antes, porém, terá uma série de pesadelos por não conhecer os seus traços. A jovem fez uma promessa e só irá tirar o lenço do rosto quando estiver no altar.

Outro ponto que merece elogios é o fato da trama resgatar algo que ainda permanece velado em nossa sociedade: o racismo. Lembrar a história do Brasil nunca é demais. Pelo menos desta vez, Benedito não foi até a Itália para buscar seus protagonistas, como fez em "Terra Nostra" ou em "Esperança", os personagens são genuinamente brasileiros.

Lamentável para nós, telespectadores, é a morte de Milton Gonçalves no primeiro dia da novela. Sua performance enquanto estava sendo açoitado pelo capataz da senzala é de um primor indescritível. Mas a trama ainda tem Zezé Motta e Elias Gleizer, um consolo para os próximos capítulos.

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