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17/03/2006
-
14h10
ROCÍO AYUSO
da Efe, em Los Angeles
O bioterrorismo, as escutas ilegais e os campos de detenção são alguns dos elementos presentes em "V de Vingança", um filme polêmico baseado numa série de quadrinhos lançada há mais de 20 anos, mas que permanece atual.
"É o filme perfeito no momento perfeito", disse o produtor Joel Silver. O filme estréia nesta sexta-feira nos EUA e dia 7 de abril no Brasil. Entretanto, nem todos concordam com a definição.
A Warner Bros não deseja criar este tipo de expectativas e, após os atentados realizados no dia 7 de julho de 2005 contra a rede de transporte de Londres, nos quais 52 pessoas morreram, adiou a estréia --ahistória de "V de Vingança" inclui um atentado terrorista no metrô londrino.
"É um filme que faz perguntas sobre a violência, o terrorismo, sua razão de ser, sobre se é possível categorizar a violênci", diz a protagonista do filme, a atriz israelense Natalie Portman, 24. Segundo ela, "se alguém tivesse explodido o edifício no qual Hitler estava, seria tratado como um herói, não como um terrorista".
A "graphic novel" original foi escrita na década de 1980 pelo roteirista Alan Moore, que estava indignado com a Inglaterra da então primeira-ministra Margaret Thatcher.
Em algum momento do futuro e no meio de um mundo em caos, o Reino Unido é dominada por um governo totalitário. Um misterioso mascarado, cujo nome é "V", deseja acabar com o regime que o fez ser o que é.
"Eu o vejo como um herói no sentido mais clássico, alguém complicado e que representa os dois lados da moeda", diz a atriz.
A produção de US$ 50 milhões tem o selo dos irmãos Wachowski, Larry e Andy, responsáveis pela trilogia "Matrix". Há dez anos os dois se interessaram pela história de Moore, e após os atentados de 11 de Setembro viram a atualidade que um enredo como este teria.
Ainda assim, os irmãos Wachowski preferiram deixar a direção nas mãos de James McTeigue, assistente de direção em "Matrix". "Os rapazes não falam com a imprensa, mas são bons colaboradores, estavam sempre no set e ajudaram a preparar o filme. Nunca houve problemas", diz Silver, que parecia querer dar uma resposta aos que afirmavam que os Wachowski eram os verdadeiros diretores.
Seja quem for o diretor, o filme está pronto para causar polêmica em meio a títulos cinematográficos cada vez mais politizados, como "Boa Noite e Boa Sorte", "Syriana - A Indústria do Petróleo", "Munique" e "Paradise Now".
Silver e Portman concordam com os que afirmam que "V de Vingança" é um filme que dará o que falar. "No início, pode parecer mais uma história de super-heróis, pelo fato de ser baseada em uma revista em quadrinhos", afirma Portman, que não tinha lido a "graphic novel" por pensar que se tratava de uma história para crianças.
Mas o tom da discussão é outro tema. Os estúdios Warner não pouparam esforços para promover um filme no qual a figura do terrorista mascarado é tratada como a de um herói que luta pela liberdade.
Portman prefere não dar sua interpretação da história. "Há alguns que pensam que o fim é genial e revolucionário, e outros que se indignam e o consideram fascista. Mas isso é melhor do que estar sempre falando de moda e fofoca", conclui a atriz.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre "V de Vingança"
"V de Vingança" estréia com foco no terrorismo
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da Efe, em Los Angeles
O bioterrorismo, as escutas ilegais e os campos de detenção são alguns dos elementos presentes em "V de Vingança", um filme polêmico baseado numa série de quadrinhos lançada há mais de 20 anos, mas que permanece atual.
"É o filme perfeito no momento perfeito", disse o produtor Joel Silver. O filme estréia nesta sexta-feira nos EUA e dia 7 de abril no Brasil. Entretanto, nem todos concordam com a definição.
Divulgação |
Israelense Natalie Portman é protagonista do longa |
"É um filme que faz perguntas sobre a violência, o terrorismo, sua razão de ser, sobre se é possível categorizar a violênci", diz a protagonista do filme, a atriz israelense Natalie Portman, 24. Segundo ela, "se alguém tivesse explodido o edifício no qual Hitler estava, seria tratado como um herói, não como um terrorista".
A "graphic novel" original foi escrita na década de 1980 pelo roteirista Alan Moore, que estava indignado com a Inglaterra da então primeira-ministra Margaret Thatcher.
Em algum momento do futuro e no meio de um mundo em caos, o Reino Unido é dominada por um governo totalitário. Um misterioso mascarado, cujo nome é "V", deseja acabar com o regime que o fez ser o que é.
Divulgação |
Filme é baseado numa série de histórias em quadrinhos |
A produção de US$ 50 milhões tem o selo dos irmãos Wachowski, Larry e Andy, responsáveis pela trilogia "Matrix". Há dez anos os dois se interessaram pela história de Moore, e após os atentados de 11 de Setembro viram a atualidade que um enredo como este teria.
Ainda assim, os irmãos Wachowski preferiram deixar a direção nas mãos de James McTeigue, assistente de direção em "Matrix". "Os rapazes não falam com a imprensa, mas são bons colaboradores, estavam sempre no set e ajudaram a preparar o filme. Nunca houve problemas", diz Silver, que parecia querer dar uma resposta aos que afirmavam que os Wachowski eram os verdadeiros diretores.
Seja quem for o diretor, o filme está pronto para causar polêmica em meio a títulos cinematográficos cada vez mais politizados, como "Boa Noite e Boa Sorte", "Syriana - A Indústria do Petróleo", "Munique" e "Paradise Now".
Silver e Portman concordam com os que afirmam que "V de Vingança" é um filme que dará o que falar. "No início, pode parecer mais uma história de super-heróis, pelo fato de ser baseada em uma revista em quadrinhos", afirma Portman, que não tinha lido a "graphic novel" por pensar que se tratava de uma história para crianças.
Mas o tom da discussão é outro tema. Os estúdios Warner não pouparam esforços para promover um filme no qual a figura do terrorista mascarado é tratada como a de um herói que luta pela liberdade.
Portman prefere não dar sua interpretação da história. "Há alguns que pensam que o fim é genial e revolucionário, e outros que se indignam e o consideram fascista. Mas isso é melhor do que estar sempre falando de moda e fofoca", conclui a atriz.
Especial
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