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18/04/2006 - 10h39

Jane Monheit volta ao Brasil com standards

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RONALDO EVANGELISTA
Colaboração para a Folha de S.Paulo

O jazz de Jane Monheit não é exatamente jazz. Cantora pop de linguagem jazzística, notória tradicionalista, ela não é bem o tipo de cantora que se prima pelos riscos ou inovações, mas sim por perpetuar certa tradição já antiga de cantar standards de maneira agradável e comum. Em sua quarta visita ao Brasil (já veio em 2002 e duas vezes em 2004), ela vem entregar mais do mesmo, para o bem e para o mal.

Em São Paulo, prepara-se para três apresentações, duas hoje à noite no Bourbon Street, em que canta ao lado de seu quinteto, e uma amanhã no Memorial da América Latina, em que será acompanhada da luxuosa Orquestra Jazz Sinfônica.

No show do Bourbon, terá ao lado seu marido, o baterista Rick Montalbano, mais Mike Kanan ao piano, Orlando Le Fleming no baixo, Miles Okazaki na guitarra e o saxofonista Ari Ambrose.

"Cantar com minha banda é divertido porque há muita improvisação e diálogo entre os músicos, mas cantar com uma orquestra é maravilhoso porque é mais dramático, é empolgante", ela explica, em entrevista por telefone do Rio, onde se apresentou no final de semana.

No repertório da cantora, clássicos americanos como "Over the Rainbow" e "It Might as Well Be Spring" dividem espaço com composições brasileiras como "Caminhos Cruzados" (de Tom Jobim e Newton Mendonça) e "Começar de Novo" (de Ivan Lins e Vitor Martins).

Sua relação com Ivan Lins, aliás, vai além de apenas cantar suas músicas quando vem ao Brasil. Declaradamente apaixonada pelo talento do compositor, ela já saiu em turnê pela Europa com ele há alguns anos e gravou algumas músicas suas, inclusive em português e com participação do próprio artista.

"Eu ouço muita música brasileira e gosto de muita gente, como Milton Nascimento e a genial Elis Regina, mas meu compositor favorito é Ivan Lins. Suas melodias são tão lindas que não sei nem como colocar em palavras. É o autor que mais gosto de cantar", diz ela.

Espécie de versão de carne e osso de um cartum de cantora sexy dos anos 30, ela explica que já está acostumada a ser chamada de "antiga" por seus gostos clássicos. "Não acho que eu seja "old fashioned". O jazz nunca saiu de moda, então não pode ser considerado algo antigo. E também não me importo que as pessoas me chamem de tradicionalista. Sou uma garota totalmente moderna, eu apenas gosto de cantar músicas antigas", dá de ombros.

Mas, ela explica, seu gosto não se resume a isso, apenas suas intenções artísticas. "Eu gosto de muitas coisas diferentes, de Joni Mitchell a Stevie Wonder, e também de coisas modernas. As pessoas sempre ficam chocadas quando eu digo, por exemplo, que admiro artistas como Nine Inch Nails e Eminem, mas acho que eles fazem música muito interessante. A música do Nine Inch Nails é cheia de detalhes ricos, e o Eminem é impressionante. Claro que suas letras podem ser um pouco duras, mas seu senso rítmico é incrível", surpreende ela.

Só não espere que o rapper vá substituir Ella Fitzgerald na lista de influências da cantora.

Jane Monheit
Quando: hoje, às 21h e às 23h30; amanhã, às 21h
Onde: hoje, no Bourbon Street (r. dos Chanés, 127, Moema, tel. 0/xx/11/ 5095-6100); amanhã no Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura, 664, Barra Funda, tel. 0/xx/11/3823-4660)
Quanto: hoje, R$ 95; amanhã, R$ 30

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