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18/04/2006
-
11h11
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
Iniciada no folclórico 1º de abril, no centro de São Paulo, a mostra gratuita "É Tudo Mentira" (paródia ao renomado festival de documentários "É Tudo Verdade") promove exibições e debates de filmes fora do convencional.
As duas exibições semanais (sábados, às 17h e segundas, às 19h, até o dia 1º de maio), na Biblioteca Monteiro Lobato e no Local Humanista, emendam provocações que vão além da referência ao festival de documentários que acabou há duas semanas.
"A verdade é um ponto de vista. Se você quer fazer uma análise mais profunda da imagem, tem que seguir o princípio da negação, de que no cinema é tudo mentira", explica um dos organizadores do evento, Flávio Galvão, após a exibição de "Sacco e Vanzetti", filme de Giuliano Montaldo proibido no Brasil nos anos 70.
Parece papo cabeça para alguns, mas os freqüentadores logo desfazem a tese. Alemão, camelô da rua Santa Efigênia, diz que é sua segunda sessão. "Não assisto aos DVDs que vendo porque é só filme comercial. Não é meu tipo de filme", afirma.
Simplicidade
Os próximos vídeos do "É Tudo Mentira" serão "Underground" (22 de abril), "O Quarto Poder" (24), "O Caso dos Irmãos Naves" (29) e "Moralidade Distorcida" (1º de maio).
Na Biblioteca Monteiro Lobato os debates acontecem antes dos filmes e no Local Humanista, a conversa vem depois. Dependendo do dia, o público ainda vê um curta-metragem para reforçar o tema.
Apesar de trazer professores da USP e da ESP (Escola de Sociologia e Política), a discussão é feita numa roda com todos acomodados em cadeiras de plástico. Tudo bem simples.
As pessoas demonstram estar confortáveis e opinam sobre o papel da mídia e o efeito da imagem na sociedade. A infraestrutura modesta ajuda a desinibir aqueles que não estão acostumados aos requintes dos cine-alternativos da avenida Paulista.
Na Biblioteca Monteiro Lobato há espaço para cerca de 50 visitantes. As exibições são feitas num telão. No Espaço Humanista a logística é bastante limitada. A sala não comporta mais de 25 pessoas e os filmes passam numa TV 20 polegadas.
O projeto é organizado pelo Espaço Arterial, Cinecélula, ESP e Movimento Humanista.
É Tudo Mentira
Quando: Até 1º de Maio (Sábado, às 17h, e segunda, às 19h)
Onde: Aos sábados na Biblioteca Monteiro Lobato (rua General Jardim, 485); às segundas no Local Humanista (rua Albuquerque Lins, 306)
Quanto: Grátis
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da Folha Online
Iniciada no folclórico 1º de abril, no centro de São Paulo, a mostra gratuita "É Tudo Mentira" (paródia ao renomado festival de documentários "É Tudo Verdade") promove exibições e debates de filmes fora do convencional.
As duas exibições semanais (sábados, às 17h e segundas, às 19h, até o dia 1º de maio), na Biblioteca Monteiro Lobato e no Local Humanista, emendam provocações que vão além da referência ao festival de documentários que acabou há duas semanas.
"A verdade é um ponto de vista. Se você quer fazer uma análise mais profunda da imagem, tem que seguir o princípio da negação, de que no cinema é tudo mentira", explica um dos organizadores do evento, Flávio Galvão, após a exibição de "Sacco e Vanzetti", filme de Giuliano Montaldo proibido no Brasil nos anos 70.
Parece papo cabeça para alguns, mas os freqüentadores logo desfazem a tese. Alemão, camelô da rua Santa Efigênia, diz que é sua segunda sessão. "Não assisto aos DVDs que vendo porque é só filme comercial. Não é meu tipo de filme", afirma.
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Os próximos vídeos do "É Tudo Mentira" serão "Underground" (22 de abril), "O Quarto Poder" (24), "O Caso dos Irmãos Naves" (29) e "Moralidade Distorcida" (1º de maio).
Na Biblioteca Monteiro Lobato os debates acontecem antes dos filmes e no Local Humanista, a conversa vem depois. Dependendo do dia, o público ainda vê um curta-metragem para reforçar o tema.
Apesar de trazer professores da USP e da ESP (Escola de Sociologia e Política), a discussão é feita numa roda com todos acomodados em cadeiras de plástico. Tudo bem simples.
As pessoas demonstram estar confortáveis e opinam sobre o papel da mídia e o efeito da imagem na sociedade. A infraestrutura modesta ajuda a desinibir aqueles que não estão acostumados aos requintes dos cine-alternativos da avenida Paulista.
Na Biblioteca Monteiro Lobato há espaço para cerca de 50 visitantes. As exibições são feitas num telão. No Espaço Humanista a logística é bastante limitada. A sala não comporta mais de 25 pessoas e os filmes passam numa TV 20 polegadas.
O projeto é organizado pelo Espaço Arterial, Cinecélula, ESP e Movimento Humanista.
É Tudo Mentira
Quando: Até 1º de Maio (Sábado, às 17h, e segunda, às 19h)
Onde: Aos sábados na Biblioteca Monteiro Lobato (rua General Jardim, 485); às segundas no Local Humanista (rua Albuquerque Lins, 306)
Quanto: Grátis
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