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21/04/2006
-
09h35
RICARDO CALIL
do Guia da Folha
Mais importante cineasta vivo do Brasil e agora também imortal da Academia Brasileira de Letras, Nelson Pereira dos Santos não realizava um filme de ficção há mais de dez anos --o que diz muito sobre a inesgotável precariedade do setor no país e levanta grandes expectativas para o novo trabalho do diretor. Mas é triste constatar que "Brasília 18%" não fica à altura de sua obra.
Nem mesmo os pontos de contato entre o enredo e os atuais escândalos políticos ajudam a dar algum frescor ao filme. Atormentado pela morte da mulher (Bruna Lombardi), o legista Olavo Bilac (Carlos Alberto Ricelli) vai a Brasília para identificar os restos mortais de uma jovem. Ele é pressionado por vários políticos, como a deputada Georgesand (Malu Mader), para atestar que o corpo é da economista Eugênia Câmara (Karine Carvalho).
Assim, ficaria mais fácil provar a tese de que ela foi assassinada por seu namorado, o cineasta Augusto dos Anjos (Michel Melamed). Aos políticos, não interessa que o suspeito seja solto, pois ele conhece segredos comprometedores sobre suas falcatruas. Ao longo de seu trabalho, Bilac conhece a história de Eugênia e se apaixona pela jovem, mesmo sem saber se ela está viva ou morta.
Por conta de sua visão ingênua do universo político, das atuações pouco inspiradas e de uma direção no limite do desleixo, "Brasília 18%" não consegue se firmar como sátira, nem como suspense e muito menos como romance sobrenatural --três das vertentes nos quais a narrativa se divide.
Do diretor de clássicos como "Rio 40 Graus" (55) e "Vida Secas" (63), esperava-se um filme que iluminasse e aprofundasse o noticiário político. Mas há mais drama e comédia na maioria das reportagens sobre as CPIs do que em "Brasília 18%".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Nelson Pereira dos Santos
Nelson Pereira dos Santos volta com trama política
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do Guia da Folha
Mais importante cineasta vivo do Brasil e agora também imortal da Academia Brasileira de Letras, Nelson Pereira dos Santos não realizava um filme de ficção há mais de dez anos --o que diz muito sobre a inesgotável precariedade do setor no país e levanta grandes expectativas para o novo trabalho do diretor. Mas é triste constatar que "Brasília 18%" não fica à altura de sua obra.
Nem mesmo os pontos de contato entre o enredo e os atuais escândalos políticos ajudam a dar algum frescor ao filme. Atormentado pela morte da mulher (Bruna Lombardi), o legista Olavo Bilac (Carlos Alberto Ricelli) vai a Brasília para identificar os restos mortais de uma jovem. Ele é pressionado por vários políticos, como a deputada Georgesand (Malu Mader), para atestar que o corpo é da economista Eugênia Câmara (Karine Carvalho).
Assim, ficaria mais fácil provar a tese de que ela foi assassinada por seu namorado, o cineasta Augusto dos Anjos (Michel Melamed). Aos políticos, não interessa que o suspeito seja solto, pois ele conhece segredos comprometedores sobre suas falcatruas. Ao longo de seu trabalho, Bilac conhece a história de Eugênia e se apaixona pela jovem, mesmo sem saber se ela está viva ou morta.
Por conta de sua visão ingênua do universo político, das atuações pouco inspiradas e de uma direção no limite do desleixo, "Brasília 18%" não consegue se firmar como sátira, nem como suspense e muito menos como romance sobrenatural --três das vertentes nos quais a narrativa se divide.
Do diretor de clássicos como "Rio 40 Graus" (55) e "Vida Secas" (63), esperava-se um filme que iluminasse e aprofundasse o noticiário político. Mas há mais drama e comédia na maioria das reportagens sobre as CPIs do que em "Brasília 18%".
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