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05/11/2000 - 16h40

Globo inaugura parque temático no Rio em 2004

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CRISTIAN KLEIN
da Folha de S.Paulo

O coreto de "O Bem Amado", o castelo de "Que Rei Sou Eu?", a quermesse de "Roque Santeiro". Todas as novelas da Globo que marcaram história estarão representadas no maior empreendimento da emissora para os próximos anos. É o Globopark, um parque de diversão gigantesco, orçado em US$ 220 milhões (cerca de R$ 420 milhões). Ele terá 40 atrações, entre montanhas-russas, toboáguas, teatros, cinemas, estúdios e cidades cenográficas.

O projeto, inspirado nos parques temáticos da Disney e da Universal, começa a sair do papel. Embora a Globo não anuncie oficialmente, o parque será em Guaratiba, a 60 km do Rio. A inauguração está prevista para meados de 2004. "O Globopark faz parte da nova filosofia da empresa de entreter a família brasileira dentro e fora de casa", afirma Carlos Eduardo Rodrigues, diretor de desenvolvimento de projetos temáticos da Globo.

Todas as atrações do Globopark vão girar em torno de programas novos ou antigos da emissora, divididos em cinco núcleos: telenovelas, programação infantil, humor, esporte e jornalismo.

Na área de jornalismo, o visitante passará por uma agitada redação e, depois, entrará num simulador de vôo, que imita o Globocop, o helicóptero usado pelas equipes de reportagem da Globo. O clima de tensão é obtido por meio de "pautas emocionantes", como uma tempestade ou o resgate de pessoas numa floresta. Na volta, o visitante dá uma entrevista e vê a matéria extraordinária num plantão "fake" do "Jornal Nacional".

Na área das telenovelas, o visitante vai entrar numa cidade cenográfica com as fachadas e cenários de tramas como "O Casarão" (1976), "Vamp" (1991-1992) e "O Rei do Gado" (1996-1997). Clones de personagens como o prefeito Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo), de "O Bem Amado" (1973), estarão em seu habitat, nesse caso o coreto da cidade de Sucupira. A quermesse de "Roque Santeiro" (1985/1986) também será reproduzida.

O castelo de "Que Rei Sou Eu?" (1989) vai abrigar os vilões mais famosos da história da telenovela, como Ravengar ("Que Rei Sou Eu?"), o Cadeirudo ("A Indomada", 1997) e a Mulher de Branco ("Tieta", de 1990) e terá uma montanha-russa no escuro. "Vamos recriar a cena antológica do cemitério em que o Vlad (Ney Latorraca), de "Vamp", faz uma paródia do clipe "Thriller", do Michael Jackson", adianta Rodrigues.

Numa "montanha-russa aquática", sem trilhos, o visitante embarcará num bote, passando por cenografias de novelas ambientadas no litoral. O clima apocalíptico de "O Fim do Mundo" (1996) estará num carrinho que despenca da altura de um prédio de seis andares.

A atração mais cara do Globopark -US$ 15 milhões- será um teatro com 500 lugares chamado "Telenovela: Grandes Momentos". Ali, serão apresentados shows de 20 a 25 minutos a cada hora. "Aqui, nosso grande desafio é fazer um show diferente. O visitante não irá apenas assistir, mas interagir. Poderá "participar" de uma cena com seu ator preferido, por meio de uma projeção especial, em "pepper ghost'", diz Rodrigues.

Em outro prédio, o Hall da Fama, ocorrerão disputas envolvendo conhecimentos sobre telenovela. Nesse mesmo lugar, estará exposta a memorabilia, com objetos e figurinos de personagens famosos.
Na outra ponta do parque, estarão os brinquedos que têm como tema a programação esportiva da Globo. Duas montanhas-russas vão representar a Fórmula 1 e o futebol. Nesta última, o visitante será "chutado" em alta velocidade a bordo de seu carrinho. Os cenários terão a Grécia Antiga e os Jogos Olímpicos como inspiração.

Na área referente à programação infantil, as atrações serão baseadas no "Sítio do Pica-Pau Amarelo" e "Bambuluá". O núcleo de humor será um grande parque aquático. Um escorregador "radical" vai se chamar "Sai de Baixo", e uma piscina de ondas com um navio pirata fará uma homenagem à "TV Pirata".

A praça central do Globopark terá uma grande torre com o ícone da emissora, além de três estúdios. No primeiro, o visitante poderá representar papéis na atração "Estrela por um Dia". O segundo será um cinema em 3D e 4D, onde o espectador vai ser alvo das intempéries que passam na tela, sentirá cheiros e sentará numa poltrona móvel, que balança conforme a cena do filme. O terceiro estúdio será um espaço comercializado para anunciantes e patrocinadores.

A Globo espera receber 2,8 milhões de pessoas no primeiro ano de funcionamento do parque. No período, pretende faturar US$ 100 milhões, incluindo os patrocínios, a venda de produtos temáticos e ingressos (US$ 20 cada, válido para o dia inteiro).

Dos US$ 220 milhões do orçamento da construção, cerca de US$ 70 milhões serão divididos entre a Globo e suas afiliadas. Outros US$ 70 milhões virão de sócios, mais US$ 50 milhões serão financiados, e os US$ 30 milhões restantes virão de patrocínios. Numa segunda etapa, serão construídos dois hotéis temáticos, com 400 quartos cada.

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