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05/11/2000
-
16h44
da Folha de S.Paulo
Ver um programa ao vivo na Globo virou raridade. Depois que o "Domingão do Faustão" passou a ser gravado, apenas o "Mais Você", de Ana Maria Braga, continua ao vivo, mesmo assim, só em três dias da semana. A emissora vem optando pelo formato "gravado ao vivo".
"Não há vantagem alguma ser ao vivo se não houver uma interface de jornalismo e/ou esporte. Essa tradição de programas de auditório ao vivo é baseada num equívoco de pressupostos. O Jô (Soares) faz o maior sucesso, e todo mundo pensa que é ao vivo", defende Luiz Gleiser, diretor do "Domingão do Faustão".
Na concorrência, exemplos não faltam como os programas de Gugu e Ratinho (no SBT), Eliana e Adriane Galisteu (na Record), o "Superpop" e o "Interligado" (na Rede TV!) e "Superpositivo" (na Bandeirantes).
Geralmente, a audiência de programas ao vivo é medida pelo "real time", um termômetro do Ibope, que possibilita à emissora esticar, diminuir ou tirar do ar uma atração (o show de um cantor, por exemplo), se os índices estiverem caindo.
Para Gleiser, nem essa vantagem justifica produzir um programa ao vivo na Globo. "Isso é bobagem. Emissora líder não precisa fazer guerrilha. Quem tem que fazer são os concorrentes", afirma.
Para o diretor Maurício Arruda, a gravação de "Altas Horas", nas noites de sábado, dificulta uma maior interação com o público. Uma das idéias era que um espectador de casa pudesse movimentar uma das câmeras do programa pela Internet. "Por outro lado, fica mais fácil agendar os convidados e tirar as gorduras na edição", afirma Maurício Arruda.
Serginho Groisman, apresentador do programa, conta que fazer "Altas Horas" ao vivo é "mais do que um desejo". "Hoje, perdemos tudo que está acontecendo na noite de sábado. Poderíamos entrar com flashes antes de uma corrida de Fórmula 1, por exemplo. Queríamos fazer ao vivo em novembro, mas agora teremos o Natal e o réveillon. É mais provável que fique para janeiro", disse.
Para Nilton Travesso, diretor do "Mais Você", existe uma "coisa mágica" nos programas ao vivo. "É a química. É evidente que a adrenalina está lá em cima, e todo mundo fica mais atento. Quando você grava, há uma certa comodidade. Você sabe que se errar tem como consertar depois", afirma Travesso, diretor dos tempos em que a televisão brasileira era toda feita ao vivo.
Entre os programas que destaca na sua carreira, estão o "Grande Teatro Cacilda Becker", "A Família Trapo" e o "TV Mulher", já nos anos 80, na própria Globo. "O "TV Mulher" tinha quase quatro horas diárias de programação ao vivo", diz.
Leia mais notícias de Ilustrada na Folha Online
"Mais Você" é hoje o único programa ao vivo da Globo
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Ver um programa ao vivo na Globo virou raridade. Depois que o "Domingão do Faustão" passou a ser gravado, apenas o "Mais Você", de Ana Maria Braga, continua ao vivo, mesmo assim, só em três dias da semana. A emissora vem optando pelo formato "gravado ao vivo".
"Não há vantagem alguma ser ao vivo se não houver uma interface de jornalismo e/ou esporte. Essa tradição de programas de auditório ao vivo é baseada num equívoco de pressupostos. O Jô (Soares) faz o maior sucesso, e todo mundo pensa que é ao vivo", defende Luiz Gleiser, diretor do "Domingão do Faustão".
Na concorrência, exemplos não faltam como os programas de Gugu e Ratinho (no SBT), Eliana e Adriane Galisteu (na Record), o "Superpop" e o "Interligado" (na Rede TV!) e "Superpositivo" (na Bandeirantes).
Geralmente, a audiência de programas ao vivo é medida pelo "real time", um termômetro do Ibope, que possibilita à emissora esticar, diminuir ou tirar do ar uma atração (o show de um cantor, por exemplo), se os índices estiverem caindo.
Para Gleiser, nem essa vantagem justifica produzir um programa ao vivo na Globo. "Isso é bobagem. Emissora líder não precisa fazer guerrilha. Quem tem que fazer são os concorrentes", afirma.
Para o diretor Maurício Arruda, a gravação de "Altas Horas", nas noites de sábado, dificulta uma maior interação com o público. Uma das idéias era que um espectador de casa pudesse movimentar uma das câmeras do programa pela Internet. "Por outro lado, fica mais fácil agendar os convidados e tirar as gorduras na edição", afirma Maurício Arruda.
Serginho Groisman, apresentador do programa, conta que fazer "Altas Horas" ao vivo é "mais do que um desejo". "Hoje, perdemos tudo que está acontecendo na noite de sábado. Poderíamos entrar com flashes antes de uma corrida de Fórmula 1, por exemplo. Queríamos fazer ao vivo em novembro, mas agora teremos o Natal e o réveillon. É mais provável que fique para janeiro", disse.
Para Nilton Travesso, diretor do "Mais Você", existe uma "coisa mágica" nos programas ao vivo. "É a química. É evidente que a adrenalina está lá em cima, e todo mundo fica mais atento. Quando você grava, há uma certa comodidade. Você sabe que se errar tem como consertar depois", afirma Travesso, diretor dos tempos em que a televisão brasileira era toda feita ao vivo.
Entre os programas que destaca na sua carreira, estão o "Grande Teatro Cacilda Becker", "A Família Trapo" e o "TV Mulher", já nos anos 80, na própria Globo. "O "TV Mulher" tinha quase quatro horas diárias de programação ao vivo", diz.
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