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28/04/2006
-
16h22
ALFONS LUNA
da France Presse, em Nova York
Um quadro de Pablo Picasso avaliado em US$ 50 milhões, outro de Vincent Van Gogh, estimado em US$ 40 milhões, e outro de Frida Kahlo, em US$ 7 milhões, são os destaques da temporada de leilões que começa na próxima terça-feira em Nova York, com a venda de obras de artistas impressionistas e modernos.
A tela de Picasso "Dora Maar con gato", pintado em 1941, é um dos maiores retratos (120 centímetros de altura por 94 de largura) da mulher que foi amante e musa inspiradora do pintor andaluz.
O quadro não foi visto durante 40 anos e, segundo o vice-presidente da Sotheby's, Charles Moffet, "é um dos mais extraordinários retratos de uma mulher que foi sua musa durante quase uma década". A tela será posta à venda no leilão de arte moderna e impressionista no dia 3 de maio.
Integram o mesmo leilão outras telas mais modestas de Picasso, como "Arlequim com bengala" (1969), avaliada entre US$ 8 e US$ 10 milhões, assim como quadros dos franceses Henri Matisse e Edgar Degas e o russo-francês Marc Chagall.
Um dia antes, em 2 de maio, a Christie's colocará à venda "A Arlesiana, Madame Ginoux", de Van Gogh, o mais importante dos cinco óleos que o holandês pintou em fevereiro de 1890 para seu amigo da época e também pintor Paul Gauguin.
Trata-se de um retrato de Marie Ginoux, a proprietária de um café em Arlés (sul da França) que os artistas costumavam freqüentar. A tela foi pintada em um período especialmente melancólico de Van Gogh, depois de que a intensa colaboração entre ele e Gauguin acabou abruptamente e quando estava recluso em uma instituição para doentes mentais.
Durante sua permanência em Arles, os dois artistas usaram vizinhos como modelos e foi assim que convenceram Marie Ginoux para que posasse para uma série de esboços. No retrato, Van Gogh se distanciou de seu estilo para se aproximar de Gauguin. "Tentei ser fiel a seu modo de desenhar, levando a liberdade de interpretar", escreveu Van Gogh a Gauguin.
O leilão da Christie's incluirá ainda dois Picassos ("Retrato de Germaine" e "O Repouso"), estimados cada um em US$ 15 milhões, e um de Gauguin ("Vaso de flores e cantimplora"), avaliado em US$ 10 milhões.
Pós-guerra e comtemporâneo
A outra grande fase de leilões da primavera é a venda de arte do pós-guerra e contemporâneo, que no caso da Christie's será celebrada em 9 de maio e na Sotheby's, um dia depois.
Neste caso, destaca a venda de "Sinking Sun", tela do artista pop nova-iorquino Roy Lichtenstein, cujo preço foi estimado pela Sotheby's em US$ 20 milhões.
Outro famoso artista da mesma geração, Andy Warhol, também estará presente, sobretudo com um quadro com as famosas latas de sopa Campbell, cujo valor foi estimado pela Christie's entre US$ 10 e 15 milhões.
No caso das vendas de arte latino-americana, a estrela é, sem dúvida, o auto-retrato da pintora mexicana Frida Kahlo "Raízes", que será posto à venda em 24 de maio na Sotheby's com preço estimado entre US$ 5 e US$ 7 milhões.
No óleo sobre metal, pintado em 1943, Kahlo se retrata arraigada à terra e enrolada em uma trepadeira, em um símbolo da fortaleza da união com o muralista Diego Rivera, com quem acabava de se casar pela segunda vez. A tela passou os últimos 20 anos em uma coleção privada americana, aparecendo brevemente em 2005 em uma exposição na Tate Modern de Londres.
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NY inicia temporada de leilões com Van Gogh e Picasso
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da France Presse, em Nova York
Um quadro de Pablo Picasso avaliado em US$ 50 milhões, outro de Vincent Van Gogh, estimado em US$ 40 milhões, e outro de Frida Kahlo, em US$ 7 milhões, são os destaques da temporada de leilões que começa na próxima terça-feira em Nova York, com a venda de obras de artistas impressionistas e modernos.
A tela de Picasso "Dora Maar con gato", pintado em 1941, é um dos maiores retratos (120 centímetros de altura por 94 de largura) da mulher que foi amante e musa inspiradora do pintor andaluz.
O quadro não foi visto durante 40 anos e, segundo o vice-presidente da Sotheby's, Charles Moffet, "é um dos mais extraordinários retratos de uma mulher que foi sua musa durante quase uma década". A tela será posta à venda no leilão de arte moderna e impressionista no dia 3 de maio.
Integram o mesmo leilão outras telas mais modestas de Picasso, como "Arlequim com bengala" (1969), avaliada entre US$ 8 e US$ 10 milhões, assim como quadros dos franceses Henri Matisse e Edgar Degas e o russo-francês Marc Chagall.
Um dia antes, em 2 de maio, a Christie's colocará à venda "A Arlesiana, Madame Ginoux", de Van Gogh, o mais importante dos cinco óleos que o holandês pintou em fevereiro de 1890 para seu amigo da época e também pintor Paul Gauguin.
Trata-se de um retrato de Marie Ginoux, a proprietária de um café em Arlés (sul da França) que os artistas costumavam freqüentar. A tela foi pintada em um período especialmente melancólico de Van Gogh, depois de que a intensa colaboração entre ele e Gauguin acabou abruptamente e quando estava recluso em uma instituição para doentes mentais.
Durante sua permanência em Arles, os dois artistas usaram vizinhos como modelos e foi assim que convenceram Marie Ginoux para que posasse para uma série de esboços. No retrato, Van Gogh se distanciou de seu estilo para se aproximar de Gauguin. "Tentei ser fiel a seu modo de desenhar, levando a liberdade de interpretar", escreveu Van Gogh a Gauguin.
O leilão da Christie's incluirá ainda dois Picassos ("Retrato de Germaine" e "O Repouso"), estimados cada um em US$ 15 milhões, e um de Gauguin ("Vaso de flores e cantimplora"), avaliado em US$ 10 milhões.
Pós-guerra e comtemporâneo
A outra grande fase de leilões da primavera é a venda de arte do pós-guerra e contemporâneo, que no caso da Christie's será celebrada em 9 de maio e na Sotheby's, um dia depois.
Neste caso, destaca a venda de "Sinking Sun", tela do artista pop nova-iorquino Roy Lichtenstein, cujo preço foi estimado pela Sotheby's em US$ 20 milhões.
Outro famoso artista da mesma geração, Andy Warhol, também estará presente, sobretudo com um quadro com as famosas latas de sopa Campbell, cujo valor foi estimado pela Christie's entre US$ 10 e 15 milhões.
No caso das vendas de arte latino-americana, a estrela é, sem dúvida, o auto-retrato da pintora mexicana Frida Kahlo "Raízes", que será posto à venda em 24 de maio na Sotheby's com preço estimado entre US$ 5 e US$ 7 milhões.
No óleo sobre metal, pintado em 1943, Kahlo se retrata arraigada à terra e enrolada em uma trepadeira, em um símbolo da fortaleza da união com o muralista Diego Rivera, com quem acabava de se casar pela segunda vez. A tela passou os últimos 20 anos em uma coleção privada americana, aparecendo brevemente em 2005 em uma exposição na Tate Modern de Londres.
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