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05/05/2006 - 15h27

Filha de Dick Cheney relata sua vida como lésbica

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da France Presse, em Washington

Mary Cheney, filha do vice-presidente americano, Dick Cheney, expõe detalhes de sua vida privada em um novo livro, informa nesta sexta-feira a revista "People".

Em "Now It's My Turn: A Daughter's Chronicle of Political Life" (Agora é minha vez: crônica de uma filha na vida política), recentemente publicado, Mary, 37, lésbica assumida, se refere a temas de política, a seu apoio ao casamento homossexual e seu relacionamento com sua parceira, Heather Poe, 45.

"Passaram seis anos desde que o meu pai foi escolhido candidato à vice-presidência. Neste tempo, todo mundo, de candidatos presidenciais, ativistas de direita e esquerda, e até meios de comunicação deram sua opinião sobre mim, minha família e meu ponto de vista", afirmou Mary Cheney.

"Agora é a minha vez", disse à revista "People" a mulher que atualmente é executiva da AOL (America OnLine) e assessora política --ela foi ajudante de campanha do pai.

No livro, ela rejeita o que muitos afirmam: que foi "calada" durante a campanha de 2004 para evitar problemas para seu pai e para o presidente, George W. Bush. "Não falei naquele momento porque francamente pensei que não era apropriado", disse.

Ela preferiu inclusive calar sobre seu profundo desacordo com Bush no que diz respeito ao casamento homossexual. "Sou a favor de um casamento homossexual legal. Fica claro no meu livro que não estou de acordo com o presidente Bush e que discordo apaixonadamente", declarou à revista "People".

"Mas também deixei claro que não tenho dúvidas, inclusive com este desacordo, que Bush é a melhor pessoa para nos liderar neste momento da história do nosso país", explicou.

No entanto, confessou que teria gostado de ver um debate de campanha entre sua mãe, a escritora conservadora Lynne Cheney, e a esposa do então candidato democrata à Presidência, a liberal Teresa Heinz Kerry. Foi uma "grande oportunidade perdida", disse.

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