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12/05/2006 - 09h00

Musical "Otelo da Mangueira" estréia no Sesc

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da Folha Online

O musical "Otelo da Mangueira", de Gustavo Gasparani, autor e ator da Cia dos Atores e passista da Mangueira há 17 anos, entra em cartaz no Teatro Sesc Anchieta nesta semana. A estréia será nesta sexta-feira (12), às 21h.

O projeto é uma homenagem poético-fantasiosa à Estação Primeira de Mangueira, à cidade do Rio de Janeiro, sua cultura e seu povo. O espetáculo, que cumpriu temporada de três meses no Rio de Janeiro e participou do Festival de Curitiba, tem direção de Daniel Herz. O elenco é integrado por 13 atores, alguns deles da própria comunidade da Mangueira.

Divulgação
Musical fica em cartaz no Sesc até dia 21 de maio
Musical fica em cartaz no Sesc até dia 21 de maio
Além de contar a história da Mangueira, a peça, simultaneamente, traça um panorama das escolas de samba. E foi em "Otelo", de Shakespeare, que Gasparani encontrou o texto ideal para ser o fio condutor desse espetáculo.

Por ser uma história de amor e poder, ele diz que encaixou-se perfeitamente com o tipo de samba característico dos compositores da escola: o samba-canção. As letras em Mangueira falam de paixões, ciúmes e traições. E os partidos altos, que narram o cotidiano e as peripécias da "malandragem local", se adaptam às inúmeras situações da peça de Shakespeare.

No texto de Gasparani, a tragédia "Otelo", com guerras, generais e espadas, foi adaptada para o morro dos traficantes de drogas, da violência e das escolas de samba nos anos 40.

Naquela época, o samba foi alçado à categoria de ritmo nacional, impulsionado pela era Vargas, e conseqüentemente as escolas de samba e seus compositores passaram a ser reconhecidos e prestigiados por personalidades ilustres, como Heitor Villa-Lobos, que fez amizade com Cartola e passou a freqüentar o morro da Mangueira.

Em "Otelo da Mangueira", a guerra contra os turcos se transforma na luta para vencer o carnaval. A batalha em Chipre tem seu paralelo na disputa pelo samba-enredo. As armas, espadas e canhões nada mais são que cuícas, taróis e surdos de marcação. Permanecem, contudo, a vingança, a traição, os ciúmes, os amores e ódios

As 17 canções do espetáculo, que formam uma narrativa, variam entre sucessos como "As Rosas não Falam", "Alvorada" e "Luz Negra", de Cartola e Nelson Cavaquinho. Constam ainda "Capital do samba", de Zé Ramos, "Chega de Demanda", de Cartola, "Fiquei sem esperança", de Saturnino, e "Samba festa de um povo", de Darci, Batista, Hélio Turco e Luis e Dico, entre outras

Otelo da Mangueira
Quando: 12 a 21 de maio. Sexta a sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Quanto: R$ 20, R$ 15 (usuário matriculado), R$ 10 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes).
Onde: Teatro Sesc Anchieta (rua Dr. Vila Nova, 245. Tel: 0/xx/11/3234-3000)

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