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12/05/2006 - 09h17

"Retratos de Família" fica entre cinismo e ternura

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RICARDO CALIL
do Guia da Folha

No cinema independente americano, os filmes sobre famílias disfuncionais variam entre dois extremos: do cinismo de Todd Solondz ("Felicidade") à ternura de Wes Anderson ("Rushmore"). Nessa escala, "Retratos de Família", do estreante Phil Morrison, fica em um interessante meio-termo.

Dona de uma galeria de arte em Chicago, Madeleine (Embeth Davidtz) se casa por impulso com o interiorano George (Alessandro Nivola). Algum tempo depois, os dois vão até a Carolina do Norte, porque ela quer representar um artista naif local.

George aproveita a viagem para apresentar Madeleine a sua família, que mora a curta distância do artista. O casal é recebido pela desconfiada mãe (Celia Weston), pelo catatônico pai (Scott Wilson), pelo ressentido irmão (Benjamin McKenzie) e pela carente mulher grávida deste (a excelente Amy Adams, de "Prenda-me se For Capaz", indicada para o Oscar de atriz coadjuvante --vencido por Rachel Weisz, de "O Jardineiro Fiel").

O humor e o drama nascem do choque entre a cosmopolita Madeleine e a provinciana família. Entre os dois lados, está o enigmático George, de quem o filme parece adotar o ponto de vista. Como ele, o diretor demonstra às vezes ter horror a seus personagens, para em seguida cobri-los de compaixão.

Essa indecisão torna o resultado de "Retratos de Família" um tanto vago, porém mais honesto que a média dos filmes sobre parentes desequilibrados o que não significa pouca coisa, visto que eles se tornaram um subgênero dentro do cinema independente americano.

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