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19/05/2006 - 19h29

"Volver", de Almodóvar, é aplaudido em Cannes

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da Ansa, em Cannes

O diretor espanhol Pedro Almodóvar declarou hoje que seu novo filme "Volver" --que concorre à Palma de Ouro no 59º Festival de Cannes-- o faz "voltar às raízes mais profundas da infância em La Mancha, quando vivia num mundo de mulheres que me ensinaram tudo o que sei e que revive em cada um de meus filmes e até em cada palavra dos meus personagens".

O filme conta a história de três gerações de mulheres na Mancha, a região espanhola onde nasceu Almodóvar.

À exibição do filme se seguiu uma salva de aplausos, e na coletiva à imprensa --com as estrelas da produção Penélope Cruz, Carmen Maura, Lola Dueñas, Blanca Portillo e Yohana Cobo-- o diretor afirmou que se surpreendeu com "este profundo retorno que me reconciliou com a minha origem manchega, mesmo não sendo precisamente um militante".

O diretor fez audições com as três atrizes para interpretar os papéis principais da produção. "Todas se saíram maravilhosamente bem, e hoje acredito que não seria possível pensar em outras atrizes."

"Mas isso não significa que Pedro não saiba escrever papéis masculinos", afirmou Penélope, que deu como exemplo os papéis que o diretor fez para Antonio Banderas. "Só que quando escreve para as mulheres revela um conhecimento extraordinário da alma feminina", completou.

"No começo tive medo de voltar a fazer parte do harém de Pedro", declarou Carmen Maura, que foi a musa dos primeiros filmes do diretor, mas se afastou devido às brigas entre os dois, que ocorreu após o sucesso de "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos" (1988), que foi o primeiro filme espanhol nomeado para o Oscar.

"Mas quando entrei no papel fiquei tranqüila e não me importava se estava feia ou envelhecida, porque esse era meu personagem."

"Eu só pedi que ela não falasse tão rápido, porque sua grande vitalidade não correspondia ao seu personagem, que vive fechado dentro das casas", apontou Almodóvar.

O diretor elogiou o fato de que este ano há cinco filmes ibero-americanos concorrendo em Cannes. "É uma maravilhosa coincidência, fruto da imprevisível produção cinematográfica do ano."

O cineasta diz que continuará a produzir enquanto tiver paixão por filmar meus libretos. "Não penso nos prêmios, ainda que sejam sempre bem-vindos."

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