Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/05/2006 - 09h29

Com Zélia Duncan, Mutantes estréia nova fase em Londres

Publicidade

RONALDO EVANGELISTA
Colaboração para a Folha de S.Paulo, em Londres

David Bowie já ligou reservando lugar, e Beck já entrou em contato pedindo para participar da festa. O show dos Mutantes em Londres --a primeira vez que a banda toca fora do Brasil e que alguns membros originais se apresentam juntos desde os anos 70-- é, provavelmente, o mais importante evento da música brasileira fora do Brasil neste ano. Tudo acontece hoje, dentro de um festival de música, cinema, arte e dança, o "Tropicália - A Revolution in Brazilian Culture", organizado pelo centro cultural inglês Barbican.

E as novidades não param por aí: haverá uma turnê com sete shows nos EUA, em julho e agosto, e apresentações na Europa, Ásia e Austrália. "Depois disso, já estamos marcando uma megaturnê no Brasil para 2007", conta Aluizer Malab, empresário de Arnaldo Baptista e, agora, da banda. Outra boa nova é o recém-assinado contrato com a gravadora Sony-BMG no Brasil. O show será registrado e lançado ainda neste ano em CD e DVD. Para o ano que vem, já está confirmado um disco com inéditas.

Culto

"Os Mutantes têm um apelo mundial", opina Bryn Ormrod, responsável pela escalação musical do Barbican e pelas apresentações de Tom Zé, Caetano Veloso e Gal Costa no evento. "Acho que este provavelmente será o show com maior presença de 'não-brasileiros' na platéia dentro do festival."

"Não acredito que o culto aos Mutantes aqui em Londres seja de brasileiros, eles são cultuados por muitos gringos", diz Malab. "Eu vejo os Mutantes mais como uma coisa para amantes da música, gente que está mais antenada." Prova disso são as participações especiais já confirmadas: o cantor Devendra Banhardt sobe ao palco em Londres para cantar "El Justiciero" com eles; e Beck já confirmou participação no show em Los Angeles.

"É como quando uma banda começa: as pessoas estão no lugar certo na hora certa e se juntam para tocar", conta Sérgio. "Agora foi a mesma coisa, não teve um fator só que fez com que voltássemos, foram várias coisas ao mesmo tempo."

Três dos cinco membros da formação clássica da banda sentiram o mesmo, mas dois resolveram ficar de fora: o baixista Liminha e Rita Lee. A escolha de quem faria as vezes de voz feminina surpreendeu muita gente: Zélia Duncan, cantora de bem-sucedida carreira própria e voz bem diferente da de Rita. Ela não se abala: "Eu me dou o direito de me aventurar".

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre os Mutantes
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página