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25/05/2006 - 10h00

Dimas, de "Sinhá Moça", conquista público e ensina cidadania

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ANDREZZA CAPANEMA
do Agora

A história do personagem da novela das seis da Globo, "Sinhá Moça", comove até os mais insensíveis. Fruto de um relacionamento da escrava Maria das Dores (Cris Vianna) com o coronel Ferreira (Osmar Prado), Dimas (Eriberto Leão) cresceu com dois objetivos: libertar os irmãos --modo como se refere aos escravos--, e matar o pai, o terrível barão de Araruna.

Abolicionista por ascendência, criação e opção, o personagem ganhou a simpatia do público logo nas primeiras cenas por conta do perfil valente. De quebra, levou o coração de Sinhá Moça (Débora Falabella), que só desistiu do rapaz quando descobriu que eram irmãos.

Divulgação
Eriberto Leão interpreta Dimas, filho de escrava com um fazendeiro
Eriberto Leão interpreta Dimas, filho de escrava com um fazendeiro
"O momento que o país vive pede um herói como Dimas. O barão representa os políticos, que mandam e desmandam e nunca são punidos. Dimas é revolucionário, idealista, arrisca a vida para lutar pelo que acredita", diz Eriberto Leão.

Em pouco tempo de conversa com o ator, fica claro que ele está tão envolvido com o personagem quanto o público. "Estou totalmente entregue ao papel. Hoje sou 50% Dimas e 50% Eriberto. Ele merece toda a minha dedicação por causa da mensagem positiva que passa para as pessoas. Outro dia, dispensei o dublê que faria uma cena em que ele é arrastado por um cavalo. Acabei saindo todo machucado."

Para compor Dimas, Eriberto viajou para Bahia, terra de Castro Alves, conhecido como o poeta dos escravos e citado incansavelmente na trama. "Fui pedir a bênção de Castro Alves para fazer o personagem e tentar sentir em Salvador, a cidade brasileira que ainda tem marcas da escravidão em todos os cantos, um pouco do que os escravos passaram", diz. Mas esta não foi a única inspiração. "Dimas também tem características de Che Guevara. Ele luta movido pelo amor aos irmãos."

Falando em amor, as cenas românticas do personagem se tornaram as preferidas das telespectadores, fato que fez o assédio feminino ao ator aumentar. "As mulheres me param na rua para falar que estão adorando o Dimas", diz Eriberto, com certa timidez. "Juliana [Vanessa Giácomo] acende a luz que existe nele. Dimas tem poesia no coração. O lado revolucionário e o romântico não são excludentes em um verdadeiro herói."

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