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25/05/2006
-
09h37
JOÃO BATISTA NATALI
da Folha de S.Paulo
"I Capuleti ed I Montecchi" é uma raridade do repertório operístico, escrita por Vicenzo Bellini (1801-1835) e que terá hoje a primeira de suas três récitas no teatro São Pedro.
Essa versão de "Romeu e Julieta" foi ouvida pela última vez no Brasil em 1840, dez anos depois da primeira apresentação, no La Fenice, de Veneza.
A Orquestra Sinfônica de Americana estará sob a regência de Parcival Módolo. Como Giulietta, a soprano Gabriela Pace, voz maravilhosa que interpretou há semanas uma grande Desdêmona, no "Otello", de Rossini, em Manaus.
Como Romeu, alternam-se Luciana Bueno (hoje e domingo) e Cristina Sogmaister (sábado). Como Teobaldo, se alternam Federico Lepre e Eric Herrero. Lorenzo será cantado por Yuri Jaruskevicius, e Capellio, por Julio Pavanello.
A ópera de Bellini não é baseada na tragédia de Shakespeare. Seu libretista, Felice Romani, se abastece diretamente da história que circulava na tradição popular italiana. O rival de Romeu, líder da família Montecchi, é Capellio, o pai de Giulietta e chefe dos Capuleti.
Precede outras óperas conhecidas da curta carreira de Bellini, como "La Sonnambula" e, sobretudo, "Norma", "mas possui, como elas, uma imensa riqueza melódica", diz o maestro Parcival Módolo.
Bellini recuperou alguns temas de "Zaira", ópera anterior e que foi um fracasso de público e crítica. E não se sabe ao certo, afirma o regente, a razão que o levou a travestir o papel de Romeu. Cantado por uma mezzo-soprano, ele possivelmente teria na voz um indício da imaturidade dos adolescentes. Foi o mesmo recurso utilizado por Mozart com seu Cherubino, aquele criado trapalhão de "As Bodas de Fígaro".
Em 1966, em versão para o La Scala, de Milão, o maestro Claudio Abbado escalou um tenor para o papel, Giacomo Aragall. Teobaldo, o prometido pelos Capuletti a Giulietta, foi cantado por Luciano Pavarotti.
O espetáculo é um dos dez a serem apresentados em 2006 pela Associação Paulista de Amigos da Arte, ligada à Secretaria da Cultura do Estado e que deu ao São Pedro sua vocação exclusivamente operística.
I CAPULETI ED I MONTECCHI
Regência: Parcival Módolo
Quando: hoje e sáb., às 20h30; dom., às 17h
Onde:teatro São Pedro (r. Barra Funda, 171, tel. 0/xx/11/3667-0499)
Quanto:de R$ 10 a R$ 40
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Bellini
"Romeu", de Bellini, estréia hoje no teatro São Pedro
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da Folha de S.Paulo
"I Capuleti ed I Montecchi" é uma raridade do repertório operístico, escrita por Vicenzo Bellini (1801-1835) e que terá hoje a primeira de suas três récitas no teatro São Pedro.
Essa versão de "Romeu e Julieta" foi ouvida pela última vez no Brasil em 1840, dez anos depois da primeira apresentação, no La Fenice, de Veneza.
A Orquestra Sinfônica de Americana estará sob a regência de Parcival Módolo. Como Giulietta, a soprano Gabriela Pace, voz maravilhosa que interpretou há semanas uma grande Desdêmona, no "Otello", de Rossini, em Manaus.
Como Romeu, alternam-se Luciana Bueno (hoje e domingo) e Cristina Sogmaister (sábado). Como Teobaldo, se alternam Federico Lepre e Eric Herrero. Lorenzo será cantado por Yuri Jaruskevicius, e Capellio, por Julio Pavanello.
A ópera de Bellini não é baseada na tragédia de Shakespeare. Seu libretista, Felice Romani, se abastece diretamente da história que circulava na tradição popular italiana. O rival de Romeu, líder da família Montecchi, é Capellio, o pai de Giulietta e chefe dos Capuleti.
Precede outras óperas conhecidas da curta carreira de Bellini, como "La Sonnambula" e, sobretudo, "Norma", "mas possui, como elas, uma imensa riqueza melódica", diz o maestro Parcival Módolo.
Bellini recuperou alguns temas de "Zaira", ópera anterior e que foi um fracasso de público e crítica. E não se sabe ao certo, afirma o regente, a razão que o levou a travestir o papel de Romeu. Cantado por uma mezzo-soprano, ele possivelmente teria na voz um indício da imaturidade dos adolescentes. Foi o mesmo recurso utilizado por Mozart com seu Cherubino, aquele criado trapalhão de "As Bodas de Fígaro".
Em 1966, em versão para o La Scala, de Milão, o maestro Claudio Abbado escalou um tenor para o papel, Giacomo Aragall. Teobaldo, o prometido pelos Capuletti a Giulietta, foi cantado por Luciano Pavarotti.
O espetáculo é um dos dez a serem apresentados em 2006 pela Associação Paulista de Amigos da Arte, ligada à Secretaria da Cultura do Estado e que deu ao São Pedro sua vocação exclusivamente operística.
I CAPULETI ED I MONTECCHI
Regência: Parcival Módolo
Quando: hoje e sáb., às 20h30; dom., às 17h
Onde:teatro São Pedro (r. Barra Funda, 171, tel. 0/xx/11/3667-0499)
Quanto:de R$ 10 a R$ 40
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