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25/05/2006
-
16h17
da Efe, Washington
Experimentar um dia no papel de jornalista. Esta é a proposta do "Newseum", um grande museu que será inaugurado em 2007 entre a Casa Branca e o Capitólio.
No país de repórteres como Bob Woodward e Carl Bernstein, jornais como "The New York Times" e "The Washington Post", da rede "CNN", e no qual até Super-Homem exerce o ofício, a admiração e o receio que a profissão exerce sobre o público ficará materializada em pleno coração da capital americana.
O Museu, uma enorme estrutura de cimento armado chamado de "Newseum" (trocadilho em inglês entre "news", de notícias, e "museum", de museu), é a continuação de uma instalação anterior que ficava em Arlington, a poucos quilômetros de Washington, e que fechou suas portas em 2002.
Três vezes maior que o anterior, o objetivo do "Newseum" é permitir que o visitante assuma por um dia o papel de um jornalista, mas sem a pressa para entregar uma notícia, a angústia de uma transmissão ao vivo ou dos imprevistos técnicos para enviar uma crônica.
Entretanto, ninguém poderá fugir da avaliação do editor, que elogiará ou criticará o "jornalista por um dia", explicou a diretora de Exibições Internacionais do museu, Susan Bennet.
Ao longo de 12 galerias, o "repórter" poderá apresentar a previsão do tempo, narrar uma notícia diante das câmeras e repassar os destaques do dia na abertura de um telejornal.
História
Além disso, o museu reúne parte da história recente. Uma galeria é dedicada ao Muro de Berlim, símbolo da separação entre o bloco comunista e o Ocidente. Em outra parte, são exibidos o maior pedaço do muro exposto fora de Berlim e uma torre de vigilância do mesmo, disseram os diretores.
O museu também apresenta a evolução histórica do jornalismo desde a época dos escribas egípcios até a "CNN", passando pela Bíblia de Guttenberg, da qual conserva um exemplar, assim como uma carta de Cristóvão Colombo e documentos de Ernest Hemingway.
No exterior é exibida uma gravura de mais de 20 metros com as 45 palavras da primeira emenda da Constituição americana, que defende a liberdade de expressão, de imprensa e de religião.
Porém, o "Newseum" não quer causar impacto apenas com seu conteúdo. O arquiteto James Polshek, autor entre outros da Biblioteca Clinton, em Arkansas, projetou um edifício com amplos espaços, grandes vidraçarias e com algumas referências ao Centro Pompidou, de Paris.
Por causa de sua localização privilegiada, no meio da famosa avenida Pensilvânia --que une o poder legislativo dos EUA, o Capitólio, com o executivo, a Casa Branca--, a expectativa é que o Newseum se torne um novo centro turístico.
A construção terá um custo total de US$ 435 milhões, financiados na maior parte pela empresa "Freedom Fórum".
No entanto, o diretor-executivo da companhia, Joe Urschel, anunciou ontem que o museu recebeu uma das maiores doações conjuntas dos veículos de comunicação em toda a história.
Um total de oito corporações e famílias ofereceu US$ 52 milhões para o novo museu, que tem o objetivo de atrair mais de um milhão de visitantes por ano.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre museus americanos
Museu nos EUA mostrará o dia-a-dia do jornalismo
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Experimentar um dia no papel de jornalista. Esta é a proposta do "Newseum", um grande museu que será inaugurado em 2007 entre a Casa Branca e o Capitólio.
No país de repórteres como Bob Woodward e Carl Bernstein, jornais como "The New York Times" e "The Washington Post", da rede "CNN", e no qual até Super-Homem exerce o ofício, a admiração e o receio que a profissão exerce sobre o público ficará materializada em pleno coração da capital americana.
O Museu, uma enorme estrutura de cimento armado chamado de "Newseum" (trocadilho em inglês entre "news", de notícias, e "museum", de museu), é a continuação de uma instalação anterior que ficava em Arlington, a poucos quilômetros de Washington, e que fechou suas portas em 2002.
Três vezes maior que o anterior, o objetivo do "Newseum" é permitir que o visitante assuma por um dia o papel de um jornalista, mas sem a pressa para entregar uma notícia, a angústia de uma transmissão ao vivo ou dos imprevistos técnicos para enviar uma crônica.
Entretanto, ninguém poderá fugir da avaliação do editor, que elogiará ou criticará o "jornalista por um dia", explicou a diretora de Exibições Internacionais do museu, Susan Bennet.
Ao longo de 12 galerias, o "repórter" poderá apresentar a previsão do tempo, narrar uma notícia diante das câmeras e repassar os destaques do dia na abertura de um telejornal.
História
Além disso, o museu reúne parte da história recente. Uma galeria é dedicada ao Muro de Berlim, símbolo da separação entre o bloco comunista e o Ocidente. Em outra parte, são exibidos o maior pedaço do muro exposto fora de Berlim e uma torre de vigilância do mesmo, disseram os diretores.
O museu também apresenta a evolução histórica do jornalismo desde a época dos escribas egípcios até a "CNN", passando pela Bíblia de Guttenberg, da qual conserva um exemplar, assim como uma carta de Cristóvão Colombo e documentos de Ernest Hemingway.
No exterior é exibida uma gravura de mais de 20 metros com as 45 palavras da primeira emenda da Constituição americana, que defende a liberdade de expressão, de imprensa e de religião.
Porém, o "Newseum" não quer causar impacto apenas com seu conteúdo. O arquiteto James Polshek, autor entre outros da Biblioteca Clinton, em Arkansas, projetou um edifício com amplos espaços, grandes vidraçarias e com algumas referências ao Centro Pompidou, de Paris.
Por causa de sua localização privilegiada, no meio da famosa avenida Pensilvânia --que une o poder legislativo dos EUA, o Capitólio, com o executivo, a Casa Branca--, a expectativa é que o Newseum se torne um novo centro turístico.
A construção terá um custo total de US$ 435 milhões, financiados na maior parte pela empresa "Freedom Fórum".
No entanto, o diretor-executivo da companhia, Joe Urschel, anunciou ontem que o museu recebeu uma das maiores doações conjuntas dos veículos de comunicação em toda a história.
Um total de oito corporações e famílias ofereceu US$ 52 milhões para o novo museu, que tem o objetivo de atrair mais de um milhão de visitantes por ano.
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