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08/11/2000
-
05h45
AMIR LABAKI, da Folha de S.Paulo
O diretor de fotografia brasileiro Edgar Moura, 52, foi indicado ontem ao European Film Award (o "Oscar" europeu) por seu trabalho no filme "Jaime", uma co-produção envolvendo Portugal, Luxemburgo e o Brasil dirigida por Antônio Pedro Vasconcellos. Informado da indicação por telefone pela Folha, Moura, no Rio, considerou-a "genial".
Organizado pela Academia Européia de Cinema, o ex-Prêmio Félix será entregue em Paris em 2 de dezembro próximo.
Entre os concorrentes de Moura destaca-se o italiano Vittorio Storaro, pela fotografia de "Goya en Burdeos", do espanhol Carlos Saura.
"Jaime", explica Moura, "é uma espécie de "Pixote" português. Trata de uma criança que começa a trabalhar, pois o pai está desempregado".
Co-produzido pela Videofilmes dos irmãos Salles, "Jaime" foi integralmente rodado no Porto. Do Brasil, lembra Moura, "tinha um ator, o Guilherme Leme, e eu".
"Jaime" recebeu o Prêmio Especial do Júri do recente Festival de San Sebastian. Segundo Moura, o filme ainda não tem distribuição assegurada no Brasil. "A Videofilmes está tentando."
A vinculação de Moura com o cinema europeu origina-se com sua formação no Instituto Nacional Superior de Artes do Espetáculo de Bruxelas, em 1969.
Seu primeiro trabalho para cinema no Brasil foi "A Queda" (1976), de Ruy Guerra e Nélson Xavier. Seu extenso currículo inclui "A Hora da Estrela", de Suzana Amaral, e "Tieta", de Carlos Diegues. Nos últimos anos, Moura tem mantido intensa atividade no cinema português.
Depois de "Jaime", ainda em Portugal, Edgar Moura dirigiu a fotografia de um drama político, por enquanto inédito. É "Camarati", no qual o diretor Luis Felipe Rocha relembra a polêmica em torno do desastre aéreo que há 20 anos vitimou o primeiro-ministro português Sá Carneiro.
Diretor de fotografia brasileiro concorre ao "Oscar" europeu
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O diretor de fotografia brasileiro Edgar Moura, 52, foi indicado ontem ao European Film Award (o "Oscar" europeu) por seu trabalho no filme "Jaime", uma co-produção envolvendo Portugal, Luxemburgo e o Brasil dirigida por Antônio Pedro Vasconcellos. Informado da indicação por telefone pela Folha, Moura, no Rio, considerou-a "genial".
Organizado pela Academia Européia de Cinema, o ex-Prêmio Félix será entregue em Paris em 2 de dezembro próximo.
Entre os concorrentes de Moura destaca-se o italiano Vittorio Storaro, pela fotografia de "Goya en Burdeos", do espanhol Carlos Saura.
"Jaime", explica Moura, "é uma espécie de "Pixote" português. Trata de uma criança que começa a trabalhar, pois o pai está desempregado".
Co-produzido pela Videofilmes dos irmãos Salles, "Jaime" foi integralmente rodado no Porto. Do Brasil, lembra Moura, "tinha um ator, o Guilherme Leme, e eu".
"Jaime" recebeu o Prêmio Especial do Júri do recente Festival de San Sebastian. Segundo Moura, o filme ainda não tem distribuição assegurada no Brasil. "A Videofilmes está tentando."
A vinculação de Moura com o cinema europeu origina-se com sua formação no Instituto Nacional Superior de Artes do Espetáculo de Bruxelas, em 1969.
Seu primeiro trabalho para cinema no Brasil foi "A Queda" (1976), de Ruy Guerra e Nélson Xavier. Seu extenso currículo inclui "A Hora da Estrela", de Suzana Amaral, e "Tieta", de Carlos Diegues. Nos últimos anos, Moura tem mantido intensa atividade no cinema português.
Depois de "Jaime", ainda em Portugal, Edgar Moura dirigiu a fotografia de um drama político, por enquanto inédito. É "Camarati", no qual o diretor Luis Felipe Rocha relembra a polêmica em torno do desastre aéreo que há 20 anos vitimou o primeiro-ministro português Sá Carneiro.
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