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09/06/2006
-
16h09
da Lusa
"Huh K'iti Mancha Suqupi Chaypa sutinta mana yuyanyta Munanichu" não diz muito a um leitor de Cervantes. É assim, porém, que começa a obra magna do mais universal escritor espanhol, "Dom Quixote. Mas em quéchua.
"Num lugar da Mancha de cujo nome não quero recordar-me", escreveu Miguel de Cervantes, ao abrir as aventuras do fidalgo Alonso Quijano e do seu fiel escudeiro, Sancho Pança. É exatamente isso que lerá o falante de quéchua, língua indígena da América do Sul que ganhou nesta semana sua primeira tradução de "Dom Quixote".
A edição inclui ilustrações feitas em tábuas por camponeses de San Juan de Salua, que reinterpretam a região espanhola de La Mancha adaptando-a ao cenário andino.
Atualmente, falam quéchua cerca de 20 milhões de pessoas no Peru, Bolívia, Equador, Chile, Argentina, Colômbia e Brasil. A tradução foi responsabilidade de Demétrio Tupác Yupanki, um peruano descendente dos incas --que falavam o quéchua, também conhecido como quíchua.
Na cerimônia de lançamento, em Madri, Yupanki contou que, quando o organizador do projeto, Miguel de la Quadra-Salcedo, o procurou, aceitou prontamente o desafio. Ele destacou a influência de "Dom Quixote" na cultura peruana, lembrando que desde 1607 as figuras do fidalgo andante e de Sancho Pança eram homenageadas nas festas barrocas de Pausa (Peru).
Yupanki, membro da Academia Peruana de Língua Quéchua, já havia traduzido a Constituição peruana para a língua de seus antepassados.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre "Dom Quixote"
"Dom Quixote" ganha tradução em língua indígena
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"Huh K'iti Mancha Suqupi Chaypa sutinta mana yuyanyta Munanichu" não diz muito a um leitor de Cervantes. É assim, porém, que começa a obra magna do mais universal escritor espanhol, "Dom Quixote. Mas em quéchua.
"Num lugar da Mancha de cujo nome não quero recordar-me", escreveu Miguel de Cervantes, ao abrir as aventuras do fidalgo Alonso Quijano e do seu fiel escudeiro, Sancho Pança. É exatamente isso que lerá o falante de quéchua, língua indígena da América do Sul que ganhou nesta semana sua primeira tradução de "Dom Quixote".
A edição inclui ilustrações feitas em tábuas por camponeses de San Juan de Salua, que reinterpretam a região espanhola de La Mancha adaptando-a ao cenário andino.
Atualmente, falam quéchua cerca de 20 milhões de pessoas no Peru, Bolívia, Equador, Chile, Argentina, Colômbia e Brasil. A tradução foi responsabilidade de Demétrio Tupác Yupanki, um peruano descendente dos incas --que falavam o quéchua, também conhecido como quíchua.
Na cerimônia de lançamento, em Madri, Yupanki contou que, quando o organizador do projeto, Miguel de la Quadra-Salcedo, o procurou, aceitou prontamente o desafio. Ele destacou a influência de "Dom Quixote" na cultura peruana, lembrando que desde 1607 as figuras do fidalgo andante e de Sancho Pança eram homenageadas nas festas barrocas de Pausa (Peru).
Yupanki, membro da Academia Peruana de Língua Quéchua, já havia traduzido a Constituição peruana para a língua de seus antepassados.
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