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13/06/2006 - 10h14

Fashion Rio acaba morno, com desfile de Raica para TNG

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ALCINO LEITE NETO
VIVIAN WHITEMAN
da Folha de S.Paulo, no Rio

A temporada de verão do Fashion Rio terminou no último domingo em clima morno, depois do início bombado com megaespetáculos que aqueceram a imaginação dos fashionistas com referências folclóricas e apologias nostálgicas do Brasil miscigenado e cordial.

A presença da modelo Raica, namorada do jogador Ronaldo, e as manifestações de euforia com a Copa do Mundo no encerramento do desfile da TNG, o último do evento, não foram suficientes para criar o "grand finale" aspirado. É moda, afinal, o que entusiasma, principalmente em fashion weeks.

Reuters
Raica desfila para a TNG no Fashion Rio
Raica desfila para a TNG no Fashion Rio
A TNG, ao menos, evitou os clichês previsíveis do futebol e partiu com Raica para referências ao... boliche. A grife propôs um mix entre o esporte e o streetwear, que teve melhor resultado nas peças masculinas. O estilista da marca, Henry Alavez, mostrou um trabalho acertado nas referências náuticas com clima anos 60, mas continua com a mão pesada quando o assunto é juntar diferentes tipos de estamparia.

O melhor momento do final de semana do Fashion Rio ocorreu no sábado, com o desfile impecável da grife Lenny. Foi quando se pôde perceber com clareza uma idéia firme de moda e a personalidade de uma estilista-criadora (Lenny Niemeyer). A coleção trouxe maiôs e biquínis freqüentemente muito elaborados e elegantes, com ótimas estamparias e pretos, recorrendo a adereços em forma de losango para criar estruturas inventivas.

O mais impressionante é que Lenny faz um esforço de construção da roupa sem perder o feeling para a sensualidade. Foi essa grife, aliás, que criou as imagens femininas mais fortes do Fashion Rio, sem contar que exibiu os biquínis mais curtos e reveladores de uma estação marcada por modelagens maiores nas roupas de praia.

O final de semana teve também as grifes Nina Becker, Juliana Jabour e Theodora, todas jovens estilistas estreantes no evento. Nina levou os fashionistas ao teatro Dulcina, um espaço abandonado no centro do Rio, para assistir a um show de rock (ela é também cantora e guitarrista). O clima underground e modernoso, porém, entrou em conflito com a coleção, muito retrô, carente de idéias novas e com problemas de modelagem.

Também faltou desejo do novo à coleção de Juliana, que apresentou peças corretas, mas enfadonhas. Rita Wainer arriscou um pouco mais nas construções e é um talento a ser acompanhado de perto.

No setor masculino, a grife Reserva, que desfila no núcleo de novos designers, e a Complexo B exibiram looks descolados, otimistas e que resolveram bem o problema-chave da temporada: como conciliar a atualidade com os clichês do verão brasileiro e da vida carioca. Para tanto, as duas marcas foram atrás da tradição da boemia, repensando com muito humor o arquétipo do malandro.

Na Reserva, os destaques foram os tricôs nas peças retrôs, as roupas em linho e a cartela de cores com rosa e cinzas. Já na Complexo B, que recriou um botequim na passarela (com direito a samba cantado por Mart'nália, Celso Fonseca e Paulinho Mosca), chamaram a atenção as calças com modelagem justa, as padronagens de azulejos e quadriculados e as camisas mais curtas na cintura.

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