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19/06/2006 - 14h57

Museu do Quai Branly abre suas portas em Paris

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MARIA CARMONA
da France Presse, em Paris

O Museu do Quai Branly de Paris, dedicado às artes e às civilizações de África, Ásia, Oceania e América e que se propõe a ser um lugar de "diálogo de culturas", será inaugurado oficialmente nesta terça-feira pelo presidente francês, Jacques Chirac.
O novo museu, cujo símbolo é uma escultura pré-hispânica da cultura mexicana de Chupícuaro, é sem dúvida o mais importante do mundo dedicado à arte primitiva de quatro continentes. O museu abrirá suas portas ao público no próximo 23 de junho, após a inauguração oficial e de um dia dedicado à imprensa e outro aos cientistas.

Situado às margens do Sena, perto da Torre Eiffel, o Museu do Quai (cais) Branly, concebido pelo badalado arquiteto francês Jean Nouvel, tem 40.000 metros quadrados e uma coleção de 300.000 peças, 3.500 das quais fazem parte da exposição permanente.

"O fato excepcional do Museu do Quai Branly é ter podido construir um museu em torno de uma coleção", afirma Nouvel, que acompanhou a AFP durante uma visita ao edifício, às vésperas de sua inauguração. O museu é composto de quatro edifícios. O principal, uma passarela construída sobre pilotis, fica em meio a um jardim de 1,8 hectare, protegido da circulação do cais do Sena por um muro envidraçado de 200 metros de comprimento por 12 de altura.

Outra curiosidade, um muro vegetal, concebido por Patrick Blanc, cobre o edifício administrativo com 150 espécies vegetais procedentes do mundo inteiro.

Além de sua arquitetura, a originalidade deste museu consiste em um projeto que mistura valorização e preservação das peças, pesquisa interdisciplinar e cooperação cultural e científica.

Esta cooperação já permitiu a restauração, por exemplo, de têxteis pré-hispânicos peruanos, que serão expostos no museu em 2008. "Nossas coleções foram pouco estudadas e uma das nossas ambições é reativar seu estudo, fazê-las falar", explica o presidente da instituição, Stéphane Martin.

O museu, que se propõe a ser uma "verdadeira encruzilhada das culturas do mundo", um lugar para "compreender o outro" e "democratizar a cultura", terá ainda uma política de programação de espetáculos vivos --teatro, dança, música-- em harmonia com as diferentes obras e exposições temporárias apresentadas.

O Museu do Quai Branly foi criado por iniciativa do presidente Jacques Chirac, que em 1995 lançou o projeto, destinado a "dar às artes de África, Ásia, Oceania e das Américas seu justo lugar nas instituições museológicas da França".

A nova entidade herdou as coleções do Museu de Artes da África e da Oceania e do Laboratório de Etnologia do Museu do Homem de Paris. Ao mesmo tempo em que o prédio era projetado e construído, o novo museu pôs em andamento um ambicioso trabalho com as coleções, que incluiu o tratamento, a descontaminação e a restauração das peças, assim como um trabalho de documentação e informatização.

O Museu do Quai Branly celebrará em Paris as artes das sociedades milenares de quatro continentes, "esforçando-se por mostrar sua profundidade e sutileza na encruzilhada de influências culturais, religiosas e históricas múltiplas", destacam seus diretores.

"Somos os guardiões de um tesouro inestimável de 300.000 objetos que contam a história dos que os fizeram e dos que os trouxeram", afirma Stéphane Martin.

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