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28/06/2006 - 09h38

Museu do Teatro Municipal será reaberto após reforma

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RICARDO GALLO
da Folha de S.Paulo

Com as portas fechadas há cerca de um ano, o Museu do Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo, no Anhangabaú (centro de São Paulo), será reaberto ao público em agosto. A reforma e as adaptações custaram cerca de R$ 160 mil e estão em etapa de conclusão.

Bancada parte pela prefeitura e parte pela Fundação Vitae, a reforma removeu a camada de gesso do teto e vai implantar um novo projeto de iluminação no museu, que ganhou ainda equipamento de audiovisual e 60 painéis para contar a história do Teatro Municipal.

O museu foi aberto em 1983. Desde 1995, está sob o viaduto do Chá. Abriga o mais rico acervo sobre o teatro, cerca de 6.000 fotos históricas, partituras e 30 mil programações de espetáculos.

"A reforma foi importante para revalorizar, para fazer uma exposição com nova interpretação da história do teatro", afirmou Walter Pires, diretor do DPH (Departamento de Patrimônio Histórico), órgão da Secretaria Municipal da Cultura e responsável pelo museu.

Falta entregar

A reabertura aos visitantes está condicionada apenas à entrega e implantação dos equipamentos de iluminação, afirma Pires. Segundo ele, o trabalho será concluído em julho.

Enquanto a preparação não acaba, o museu, empoeirado e com cheiro de mofo, abriga os componentes da futura exposição. Os 60 painéis, por exemplo, estão dispostos num canto escuro, cobertos com plástico, à espera de utilização. Compostos por reproduções de fotos e documentos históricos do Teatro Municipal, os painéis são resultado de dois anos de pesquisa do museólogo e diretor de teatro Márcio Sgreccia, 62, fundador e pesquisador do museu, que se gaba de ter feito o trabalho sozinho.

Divididas em fases, estão ali reproduções da inauguração do Municipal --uma sessão para 1.873 convidados em 12 de setembro de 1911--, a Semana de Arte Moderna de 1922, marco da cultura nacional, as reformas a que o teatro foi submetido e as principais óperas encenadas.

Grandes fotos, dispostas na paredes do saguão, retratam Maria Callas (1951), mais conhecida cantora de ópera do século 20, a soprano brasileira Bidu Sayão (1933) e Beniamino Gigli (1921) considerado um dos maiores tenores do século passado.

Piano e cartazes

Além dos painéis, a nova exposição do museu terá cartazes de espetáculos do Municipal entre as décadas de 70 e 90 e um vídeo de seis minutos sobre a história do teatro. Um único figurino será exibido, usado na ópera "Lo Schiavo" [O Escravo], de 1926, de Carlos Gomes, patrono do Municipal.

Mas o melhor do museu está na reserva técnica, sala fechada ao público. Ali estão raridades, como o primeiro informe distribuído aos 1.873 espectadores da estréia do Municipal. Com 42 páginas e em português da época, o texto apresentava aos convidados o recém-inaugurado "Theatro". Sgreccia disse que ser improvável que o encarte seja exposto --a raridade e a possibilidade de desgaste do documento, em caso de manuseio, exigem cuidados incompatíveis com a exibição.

Escolas municipais

Assim que aberto, o museu terá capacidade para 40 visitantes, em dois grupos de 20. O público-alvo deverá ser formado por estudantes de escolas da cidade e pesquisadores.

A reabertura, aliás, deve modificar a ordem do passeio para quem visita o Municipal e o museu. Num passeio de uma hora, os visitantes permanecerão cerca de 50 minutos no museu e dez minutos no teatro.

No período em que o museu está fechado, o passeio dura cerca de uma hora e ocorre nas dependências do Municipal, que fechará no final do ano para reforma. "Muitas vezes o teatro está com alguma atividade, pode atrapalhar", disse Sgreccia.

O Museu do Teatro Municipal vai funcionar entre 9h e 17h, de terça a domingo. A entrada é gratuita.

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