Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/07/2006 - 11h12

Moda masculina tem variedade de opções na primavera-verão 2007

Publicidade

KATE MILLAR
DOMINIQUE SCHROEDER
da France Presse, em Paris

Elegante, extravagante, ousado ou simplesmente chique. A liberdade e a variedade à disposição dos homens ficaram claras nos desfiles parisienses das coleções de primavera-verão 2007, apresentados nestes domingo e segunda-feira.

Para Smalto, o homem do próximo verão exibirá uma elegância extremamente masculina, enquanto Petar Petrov evocou a época hippie com suas flores e símbolos da paz, e Agnès B. propôs, ao ritmo da música cubana, uma moda masculina alegre e despojada.

Franck Boclet, estilista de Francesco Smalto, respeitou a tradição clássica da casa, dando a esta coleção um 'toque de sul', inspirado nos 'guapos' da Argentina da época do nascimento do tango. O homem Smalto veste ternos de corte estrito e silhueta ajustada com notas de saltos altos. Importância para os detalhes: camisas de peito trabalhado, suspensórios e gravatas da cor dos ternos.

Mas os tempos modernos se impõem e as bermudas foram onipresentes nesta temporada, nos clássicos ternos de Smalto, que substitui com freqüência a calça reta pela bermuda.

O couro teve um capítulo a parte nesta coleção: jaquetas e jaquetões de couro sucederam jaquetas safári em pele de avestruz, cobra ou croco.

No desfile de Agnès B., a estilista francesa apresentou um homem com alegre modernidade. Debaixo dos ternos, que podem ser em tons sóbrios ou estampas incomuns como xadrez rosa e branco, e jaquetões de couro se usam camisas camisas de estampas alegres em tons verde, inclusive transparentes.

O búlgaro Petar Petrov confirmou sua condição de jovem talento da moda com uma coleção que evocou os símbolos da época hippie e do pacifismo. Silhueta ajustada e aspecto descomplicado dominaram em jaquetas, calças e bermudas, freqüentemente adornadas em zíperes, que os tornam versáteis. Os tons predominantes foram o violeta, o amarelo mostarda e o cinza, às vezes combinados entre si.

Enquanto Yves Saint Laurent se manteve fiel aos códigos mais tradicionais de elegância masculina, outras marcas buscaram incrementar o guarda-roupa masculino.

A estilista Ann Demeulemeester, uma das integrantes do grupo de criadores belgas conhecido como 'Antwerp Six', se manteve no preferencial preto e branco para o seu look elegante que teve como acessórios faixas duplas de pérolas e faixas de renda em calças curtas.

Bernhard Willhelm foi mais longe, cruzando o limite entre vestuário feminino e masculino com um macacão branco largo, cortado abaixo do joelho, quase parecendo um vestido de camponesa. Em seguida, ele conduziu o público fashion a uma viagem pelos Alpes com coloridos trajes tiroleses e calças curtas rendadas, edelvais brancos, suéteres de malha vermelha e branca e chapéus montanheses. Amplos shorts longos tinham a aparência de saias.

As descoladas camisas de algodão de Paul Smith e a forma despojada de criar jaquetas e gravatas com jeans ou shorts amplos foi uma briza fresca na quente tarde parisiense.

Camisas casuais tinham algum ar da influência caubói da temporada passada, enquanto estampas florais junto de peças rosa pálido deram um contraste charmoso a trajes sóbrios e jaquetas esporte com estampa xadrez.

Calças brancas iluminadas com cinto fluorescente foram outro look chave do estilista britânico para o homem que não vê necessidade de ser extravagante para mostrar que se importa com a roupa que veste.

Didier Grumbach, presidente da federação francesa de costura, disse que a roupa masculina se tornou muito mais variada e excitante nas temporadas recentes, relegando a roupa de três peças aos escritórios.

"Desde que Yohji Yamamoto e (Jean Paul) Gaultier mostraram homens de saias --embora não usemos saias ainda--, as coleções são muito mais ousadas e divertidas", afirmou, à margem dos desfiles. Segundo ele, a roupa masculina mostrada até alguns anos atrás era enfadonha.

Já nas tradicionais Hermes e Yves Saint Laurent, o tipo de chique aristocrático destinado a um verão glamouroso em Saint Tropez ou Capri foi apresentado em escalas de cinza, azul e bege. Criando para a YSL, Stefano Pilati criou tecidos finos para seu sofisticado guarda-roupa de calças justas e curtas, usando uma echarpe de seda como cinto, enquanto as camisas perderam seus colarinhos, passando a ser abotoadas na nuca.

Estampas multicoloridas sobre calças brancas e a camisa em estampa preto e branca foram perfeitas para uma ocasião mais informal, talvez debaixo de um trenchcoat com listras vermelhas, com sapatos de franjas ou com os pés simplesmente descalços.

Veronique Nichanian calçou o homem Hermès com leves alpargatas, e optou por vesti-lo com calças amplas em algodão, linho, lã e mohair.

As listras foram uma constante, assim como coletes e malhas como suéteres com gola em V e lenços de seda no pescoço, ando ao verão Hermès um toque da grandiosidade dos anos 1940. Lilás e verde limão contrastaram com nuances minerais e vegetais.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre desfiles de moda
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página