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07/07/2006
-
09h19
RICARDO CALIL
do Guia de Folha
"O Libertino" começa com um monólogo de John Wilmot (Johnny Depp), segundo conde de Rochester, um escritor hedonista que escandalizou a corte inglesa no século 17 com seu comportamento libidinoso. Ele se apresenta ao público falando diretamente à câmera. Ao final, vaticina: "Vocês não irão gostar de mim".
Para um filme de época, gênero recheado de histórias açucaradas e heroínas adoráveis, é um início promissor. Mas, ao longo da maior parte da projeção, o personagem se revela mais palatável do que sua apresentação faria supor, um libertino em crise existencial e de bom coração.
No período da restauração inglesa, o rei Charles 2º(John Malkovich) incumbe Wilmot de escrever uma peça magistral para impressionar a corte francesa, mas ele se apaixona pela atriz Elizabeth Barry (Samantha Morton) e dedica toda sua energia a transformá-la em uma estrela.
Baseado em uma peça teatral, "O Libertino" caminha com elegância em seus dois primeiros atos. No terceiro, porém, há uma virada brusca no caráter de Wilmot, e a narrativa desanda. É como se o filme se sentisse na obrigação de justificar o monólogo inicial, de se apresentar como um antídoto ao filme de época tradicional.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o ator Johnny Depp
"O Libertino" tenta ser antídoto aos filmes de época
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do Guia de Folha
"O Libertino" começa com um monólogo de John Wilmot (Johnny Depp), segundo conde de Rochester, um escritor hedonista que escandalizou a corte inglesa no século 17 com seu comportamento libidinoso. Ele se apresenta ao público falando diretamente à câmera. Ao final, vaticina: "Vocês não irão gostar de mim".
Para um filme de época, gênero recheado de histórias açucaradas e heroínas adoráveis, é um início promissor. Mas, ao longo da maior parte da projeção, o personagem se revela mais palatável do que sua apresentação faria supor, um libertino em crise existencial e de bom coração.
No período da restauração inglesa, o rei Charles 2º(John Malkovich) incumbe Wilmot de escrever uma peça magistral para impressionar a corte francesa, mas ele se apaixona pela atriz Elizabeth Barry (Samantha Morton) e dedica toda sua energia a transformá-la em uma estrela.
Baseado em uma peça teatral, "O Libertino" caminha com elegância em seus dois primeiros atos. No terceiro, porém, há uma virada brusca no caráter de Wilmot, e a narrativa desanda. É como se o filme se sentisse na obrigação de justificar o monólogo inicial, de se apresentar como um antídoto ao filme de época tradicional.
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