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14/07/2006 - 10h23

Diretor de "Superman" fala de semelhança entre ator e personagem

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MARCO AURÉLIO CANÔNICO
da Folha de S.Paulo, em Londres

PCC? Atentados em São Paulo? Chamem o Super-Homem! Ele pode não resolver o problema da Segurança Pública, mas garantirá 154 minutos de diversão. Quase 20 anos após sua última aparição no cinema, o super-herói que é o maior símbolo de poder, virtude e, para muitos, do "american way of life", está de volta à velha forma.

"Superman - O Retorno" traz novamente aos moradores da fictícia Metrópolis o alienígena Kal-El --mais famoso na Terra como Clark Kent ou, quando em collant azul e sunga vermelha, como Super-Homem.

Dirigido pela jovem estrela ascendente Bryan Singer (de "Os Suspeitos" e dos dois primeiros "X-Men") e com um elenco que mistura iniciantes (Kate Bosworth, Brandon Routh) e veteranos (Kevin Spacey, Frank Langella), a nova aventura do homem de aço mostra o herói voltando à Terra após cinco anos de busca por seu passado nos vestígios de seu extinto planeta, Krypton.

A velha capa vermelha, bem como os óculos do desajeitado repórter Kent, são envergados desta vez por outro novato (como Christopher Reeve quando entrou no papel em 1978), o ex-garçom Brandon Routh.

Em entrevista coletiva em Londres, que contou com Spacey (o novo Lex Luthor) e Bosworth (a rejuvenescida Lois Lane), Routh e Singer falaram sobre o processo de escolha do ator para o mítico papel.

"Precisava de alguém que representasse a memória que todos tinham do Super-Homem", disse Singer. "Ao conversar com Brandon, notei nele aquele jeito calmo e aquela ética típicos de uma criação de interior, assim como Clark Kent."

Também chama a atenção a enorme semelhança física entre o ator e o estereótipo do Super-Homem --é difícil não confundir Routh com Reeve.

"Tinha consciência do legado do Super-Homem e de Christopher Reeve no papel, por isso fui cuidadoso, respeitoso. Mas, se me preocupasse em estar à altura do personagem, não teria feito o filme", disse Routh.

A tarefa de mexer com um legado de 68 anos --o personagem foi criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938-- não assustou Singer, que reformulou Lois Lane. "Fazendo "X-Men", aprendi que sempre surge expectativa quando você mexe com aspectos tradicionais dos heróis. Neste caso, achei que era necessário introduzir esse cenário em que Lois Lane é casada e tem filho. É um inimigo emocional para o herói, mais poderoso do que a kryptonita."

O diretor também destacou sua ligação pessoal com o personagem --ambos são adotados e filhos únicos. "Sempre me senti ligado ao Super-Homem, por isso eu precisava contar a história dele ao meu modo."

Seu modo dá ênfase ao aspecto emocional e humano dos personagens em detrimento da ação desenfreada. Também inclui a participação de velhos amigos, como o ator Kevin Spacey, a quem lançou para a fama em "Os Suspeitos" (1995).

Spacey, um ator com formação teatral e dois Oscar na prateleira, desdenhou do fato de participar de seu primeiro "blockbuster". "Se foi bom para Marlon Brando, também é para mim", disse o ator, em referência à participação de Brando no filme de 1978 (ele também aparece no novo "Superman").

Pode até ser bom o suficiente, mas Spacey se espantou com o esquema industrial. "É meio bizarro, é a primeira vez que participo de um filme desse tipo, que gera infinitos produtos. Foi estranho entrar num supermercado e ver minha cara numa caixa de cereal."

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