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14/07/2006 - 21h06

Oliver Stone exibe filme "World Trade Center" para a imprensa

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ROCÍO AYUSO
da Efe, em Los Angeles

"World Trade Center", nova produção do diretor Oliver Stone, foi apresentado hoje pela primeira vez à imprensa. O filme conta a história real de dois sobreviventes dos atentados contra as Torres Gêmeas de Nova York.

Com estréia marcada para o próximo dia 9 de agosto, o filme é um dos mais esperados da temporada, e será lançado às vésperas do aniversário de cinco anos dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington.

No entanto, o diretor americano, conhecido por filmes controversos como "JFK" e "Platoon", deixou de lado suas histórias de complôs políticos e restringiu seu novo filme a retratar as experiências de dois protagonistas: o sargento John McLoughlin e Will Jimeno.

Os dois faziam parte da Polícia portuária de Nova York e ao tentarem salvar os que estavam dentro do World Trade Center, acabaram se tornando vítimas, ficando sob os escombros das Torres Gêmeas de Nova York.

Apenas 20 pessoas foram resgatadas com vida dos escombros. No total, 2.749 pessoas morreram sob os escombros segundo o filme, dedicado "aos que lutaram e morreram nesse dia".

História

Fiel à história de McLoughlin e Jimeno, "World Trade Center" começa sem créditos com uma Nova York que amanhece gloriosa, coroada pela majestosa presença das Torres Gêmeas no horizonte.

Nicolas Cage vive McLoughlin enquanto Michael Pena, de origem mexicana, interpreta o colombiano Jimeno. Stone convidou Pena para o papel depois de assistir a seu trabalho em "Crash - No Limite", enquanto para o papel de McLoughlin, nomes como Harrison Ford, John Travolta, Kevin Costner e George Clooney chegaram a ser cogitados, mas a decisão final foi por Cage.

"World Trade Center" não mostra em nenhum momento os aviões se chocando contra as Torres, já que nenhum dos dois protagonistas os viu. Quando ficaram sob os escombros da Torre 2, eles não sabiam nem mesmo que o segundo avião havia se chocado.

O público vê, assim como Jimeno, uma sombra ameaçadora sobre os arranha-céus da cidade, e escuta-se o som dos corpos se atirando dos edifícios sem esperança de sobreviver.

Stone também intercala diversas imagens de arquivos, tiradas da cobertura jornalística televisiva, naquele que foi o pior atentado terrorista já realizado em solo americano.

No entanto, o filme se restringe à visão dos dois protagonistas, das suas famílias e dos que fizeram parte da história, que se passa em aproximadamente 24 horas.

Entre eles está a enigmática figura de David Karner (Michael Shannon), um ex-fuzileiro naval que ao ver o atentado pela televisão consegue burlar todos os controles aos acessos à zona, e encontra os dois sobreviventes numa busca realizada por conta própria.

Segundo McLoughlin, o filme nasce da "obrigação" que sentiram de contar sua história em homenagem a todos os que não puderam contá-la. Este sentimento de respeito fez com que Stone recebesse elogios dos que normalmente o criticam.

Imprensa

Entre eles está o crítico Roger Friedman, que no seu fórum sobre cinema no site da rede "Foxnews" se derrete em elogios ao filme e ao diretor.

"Um registro elegante, poderoso, comovente, genuíno e pessoal dos horrores que ocorreram dentro e fora do World Trade Center", afirmou.

O comentarista do jornal "Orlando Sentinel" foi mais longe e chamou o filme de "patriótico", adjetivo poucas vezes atribuído à obra de Stone, tachado de liberal e cujo documentário sobre o presidente cubano, Fidel Castro, ainda não foi distribuído nos EUA.

"World Trade Center" chega às telas em um ano no qual Hollywood voltou seu olhar para um momento da história que ninguém pensava ser possível representar em imagens.

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