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19/07/2006
-
11h15
ALCINO LEITE NETO
VIVIAN WHITEMAN
da Folha de S.Paulo
Já que asfalto é praia de paulista, a Cavalera levou os fashionistas à pista do autódromo de Interlagos para mostrar sua coleção de verão masculina, no último dia da São Paulo Fashion Week. Embalados por clássicos da banda Secos e Molhados, um batalhão de 53 meninos caminhou sob o sol na longa "passarela" a céu aberto da pista de carros.
Deixando para trás os excessos de coleções passadas, o time de designers da Cavalera apostou num streetwear bem brasileiro e de espírito relax. Os destaques foram os microshorts, os moletons confortáveis e os macacões jeans, que imitavam os usados por pilotos.
A Cavalera abriu o último dia da SPFW, e também fechou a semana de moda, com o desfile feminino, que contou na passarela com beldades seminuas fingindo tomar sol em montinhos de areia. A coleção, porém, foi menos feliz que a masculina. Reverberando idéias do inverno passado, quando fez um de seus melhores desfiles, a Cavalera repetiu idéias e modelagens. Os balonês e os volumes em camadas de babados e as mangas longas deixaram tudo pesado demais para o verão, roubando o frescor da coleção. Os melhores looks surgem quando as formas são mais leves, como no delicado macaquinho com efeito patchwork floral.
No último dia, a São Paulo Fashion Week recuperou o humor e a sensualidade que estavam faltando ao evento -graças, sobretudo, ao delicioso desfile da Neon. A grife de Dudu Bertholini e Rita Comparato levou as modelos para passearem sobre um palco todo branco com saída de ar. Enquanto elas atravessavam o espaço, um vento safado levantava os vestidos vaporosos, num momento Marilyn Monroe tropical.
As estampas, mais uma vez, foram destaque: pavões, grafismos étnicos e ícones da cidade de São Paulo enfeitavam as modelagens apuradas da dupla de designers. A moda praia, com tops amarrados atrás do pescoço e elegantes maiôs com cavas altíssimas, serve de exemplo para outras grifes de que é possível ter uma identidade forte mesmo na areia.
O estilista paranaense Jefferson Kulig fez uma reviravolta em seu estilo --para melhor. Reduziu o excesso de exibicionismo artístico que o levava em geral para um território fora da moda e concentrou sua criatividade nas próprias roupas. Apresentou uma coleção em que dosou com desenvoltura a invenção estética das formas, o trabalho com os materiais e a praticabilidade das peças.
Não todas, claro, mas uma boa parte delas, como as calças skinny, os colants estampados e mesmo as blusinhas transparentes desconstruídas. Os vestidos com relevos de cordas feitas de tururi, uma fibra amazônica, chamaram a atenção. A ousada saia balonê em xadrez, que lembrava a recente coleção punk do inglês Alexander McQueen, também.
A paulistana Fábia Bercsek mostrou uma das coleções mais francamente sexies da São Paulo Fashion Week, nesta temporada em que predominaram as silhuetas recatadas e o questionamento do "estilo gostosona" (leia a respeito à esquerda). Bercsek criou um conjunto de peças em que alternou a leveza da lingerie e o peso de tachinhas coloridas na decoração de peças de alfaiataria, flertando ironicamente com o kitsch e com certas imagens de vulgaridade.
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VIVIAN WHITEMAN
da Folha de S.Paulo
Já que asfalto é praia de paulista, a Cavalera levou os fashionistas à pista do autódromo de Interlagos para mostrar sua coleção de verão masculina, no último dia da São Paulo Fashion Week. Embalados por clássicos da banda Secos e Molhados, um batalhão de 53 meninos caminhou sob o sol na longa "passarela" a céu aberto da pista de carros.
Deixando para trás os excessos de coleções passadas, o time de designers da Cavalera apostou num streetwear bem brasileiro e de espírito relax. Os destaques foram os microshorts, os moletons confortáveis e os macacões jeans, que imitavam os usados por pilotos.
A Cavalera abriu o último dia da SPFW, e também fechou a semana de moda, com o desfile feminino, que contou na passarela com beldades seminuas fingindo tomar sol em montinhos de areia. A coleção, porém, foi menos feliz que a masculina. Reverberando idéias do inverno passado, quando fez um de seus melhores desfiles, a Cavalera repetiu idéias e modelagens. Os balonês e os volumes em camadas de babados e as mangas longas deixaram tudo pesado demais para o verão, roubando o frescor da coleção. Os melhores looks surgem quando as formas são mais leves, como no delicado macaquinho com efeito patchwork floral.
No último dia, a São Paulo Fashion Week recuperou o humor e a sensualidade que estavam faltando ao evento -graças, sobretudo, ao delicioso desfile da Neon. A grife de Dudu Bertholini e Rita Comparato levou as modelos para passearem sobre um palco todo branco com saída de ar. Enquanto elas atravessavam o espaço, um vento safado levantava os vestidos vaporosos, num momento Marilyn Monroe tropical.
As estampas, mais uma vez, foram destaque: pavões, grafismos étnicos e ícones da cidade de São Paulo enfeitavam as modelagens apuradas da dupla de designers. A moda praia, com tops amarrados atrás do pescoço e elegantes maiôs com cavas altíssimas, serve de exemplo para outras grifes de que é possível ter uma identidade forte mesmo na areia.
O estilista paranaense Jefferson Kulig fez uma reviravolta em seu estilo --para melhor. Reduziu o excesso de exibicionismo artístico que o levava em geral para um território fora da moda e concentrou sua criatividade nas próprias roupas. Apresentou uma coleção em que dosou com desenvoltura a invenção estética das formas, o trabalho com os materiais e a praticabilidade das peças.
Não todas, claro, mas uma boa parte delas, como as calças skinny, os colants estampados e mesmo as blusinhas transparentes desconstruídas. Os vestidos com relevos de cordas feitas de tururi, uma fibra amazônica, chamaram a atenção. A ousada saia balonê em xadrez, que lembrava a recente coleção punk do inglês Alexander McQueen, também.
A paulistana Fábia Bercsek mostrou uma das coleções mais francamente sexies da São Paulo Fashion Week, nesta temporada em que predominaram as silhuetas recatadas e o questionamento do "estilo gostosona" (leia a respeito à esquerda). Bercsek criou um conjunto de peças em que alternou a leveza da lingerie e o peso de tachinhas coloridas na decoração de peças de alfaiataria, flertando ironicamente com o kitsch e com certas imagens de vulgaridade.
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