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20/07/2006 - 10h13

Festival de Campos do Jordão traz "tropa de choque" de sopros

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IRINEU FRANCO PERPETUO
Colaboração para a Folha de S.Paulo

Campos do Jordão recebe, nesta semana, a tropa de choque da melhor orquestra do mundo. O Quinteto de Sopros da Filarmônica de Berlim faz duas apresentações no Festival Internacional de Inverno.

Hoje, eles são convidados da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, sob a batuta de seu regente titular, o suíço Karl Martin. Sem a flauta de Michael Hasel (porque a peça só tem quatro instrumentos solistas), o grupo toca a "Sinfonia Concertante K. 297b", do compositor-tema do festival, Mozart. O programa é complementado por duas sinfonias de compositores russos (já que a música daquele país é outro tema do festival): a "Clássica", de Prokofiev, e a "Sinfonia em Dó Maior", de Stravinski.

No sábado, já com a formação completa, o conjunto se apresenta no Palácio Boa Vista. No programa, mais obras do mestre do classicismo austríaco, cujo 250º aniversário é celebrado neste ano: ao lado de autores russos como Edison Denissov (1929-1996) e Andrei Rubtsov, de 24 anos de idade, serão executadas transcrições de Hasel de peças de Mozart para órgão mecânico.

Repertório restrito

"Como Mozart não escreveu obras originais para nossa formação, apelamos para transcrições", explica o clarinetista Walter Seifarth. "O festival nos pediu também obras da Rússia, o que não foi fácil, porque o repertório deles para quinteto de sopros é muito pequeno."

Chamada de "Três Estados de Espírito", a peça do jovem Rubtsov é constituída por três movimentos de título sugestivo: "Vazio", "Tristeza" e "Frivolidade". O grupo travou conhecimento com ela durante uma turnê pela Venezuela.

Assim como Hasel e os outros membros do quinteto (Andreas Wittmann, oboé; Henning Trog, fagote; e Fergus McWilliam, trompa), Seifarth está no grupo desde a sua fundação, em 1988.

"Convidei meus colegas para uns concertos que íamos fazer no Café Einstein, em Berlim, sem a pretensão de formar um grupo", relembra. A experiência deu certo, e eles resolveram pedir autorização à direção da filarmônica à época, sob a batuta do autocrata Herbert von Karajan (1908-1989), para usar o nome oficial da orquestra.

Depois da experiência pioneira do quinteto, hoje são 24 as formações camerísticas formadas no bojo da melhor orquestra do mundo. Além de concertos ao redor do globo como uma turnê pelo Japão --agendada para outubro--, o grupo ainda cumpre intensa agenda de gravações pelo selo escandinavo Bis, para o qual acaba de registrar um álbum com a música de compositores franceses, como Jolivet, Tomasi e Taffanel.

Para um remanescente da era Karajan (que dirigiu a orquestra desde 1955 até sua morte), os tempos sob Simon Rattle, que comanda a filarmônica desde 2002, não poderiam ser mais distintos. "Rattle ampliou o repertório e trouxe estilos e autores diversos para a orquestra", compara. "Nossa maneira de tocar Beethoven e nosso conhecimento de história da música mudaram completamente, embora algo da sonoridade anterior ainda permaneça."

Quinteto de sopros da Filarmônica de Berlim
Quando: hoje, às 21h, e sábado, às 16h30
Onde: hoje no auditório Cláudio Santoro (av. Arrobas Martins, 1.800, Campos do Jordão, tel. 0/xx/12 3662-2334) e sáb. no Palácio Boa Vista (av. Dr. Adhemar de Barros, 3.001, Campos do Jordão, tel. 0/xx/12 3662-1122)
Quanto: hoje, R$ 60, e sábado, R$ 80

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