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10/08/2006
-
11h06
da Efe, em La Paz
O presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou nesta quinta-feira o escritor peruano Mario Vargas Llosa, a quem acusou de "satanizar" a causa indígena que representa e de escrever em favor da opressão dos povos.
O governante boliviano dirigiu suas críticas a Vargas Llosa na inauguração da 11ª Feira Internacional de Livro, na cidade de La Paz.
Morales disse que sentia "tristeza" pelo que leu de Vargas Llosa, e deu como exemplo um artigo publicado em janeiro. "Por pouco não disse que sou selvagem, retrógrado, populista, que os indígenas não sabem nada sobre a realidade econômica, social ou política", reclamou.
Antes de mencionar o autor, disse que tinha lido "alguns livros, editoriais e artigos que permanentemente 'satanizam' e penalizam" os índios.
O presidente se referia a um artigo do escritor peruano, no qual afirmou que Morales "é o emblemático 'criollo' latino-americano, esperto, matreiro, e com uma vasta experiência de manipulador de homens e mulheres, adquirida em sua longa trajetória de dirigente cocaleiro e membro da aristocracia sindical".
O governante boliviano disse que identificou dois tipos de escritores: "os que escrevem pela libertação dos povos e os que escrevem para oprimir e para submeter". Disse que lê quando pode, tanto livros bons quanto ruins, mas que prefere os livros de seus críticos, "para saber por que o desprezo, se existe um motivo ou se é só por ódio".
Morales também compartilhou a preocupação dos escritores e os editores com as cópias ilegais. Para ele, a ilegalidade é como a de alguns intelectuais, que ouvem as idéias de dirigentes indígenas e camponeses, "e as põem num livro como uma grande iniciativa própria".
Em seu discurso, reconheceu que lê pouco, mas incentivou a população a se superar para aproveitar o conhecimento dos livros. E destacou os primeiros resultados do programa de alfabetização iniciado há quatro meses por seu Governo, com ajuda de Cuba e da Venezuela.
Até ontem, segundo Morales, mais de 6 mil adultos aprenderam a ler e escrever dentro do programa. Mais 170 mil estão atualmente nas centenas de centros de capacitação instalados no país.
"Estou convencido de que a leitura é importantíssima", disse, ao propor que, "todo dia, pelo menos meia hora", seja dedicada à leitura para elevar os conhecimentos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Evo Morales
Leia o que já foi publicado sobre Mario Vargas Llosa
Morales critica Vargas Llosa por "satanizar" causa indígena
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou nesta quinta-feira o escritor peruano Mario Vargas Llosa, a quem acusou de "satanizar" a causa indígena que representa e de escrever em favor da opressão dos povos.
O governante boliviano dirigiu suas críticas a Vargas Llosa na inauguração da 11ª Feira Internacional de Livro, na cidade de La Paz.
Morales disse que sentia "tristeza" pelo que leu de Vargas Llosa, e deu como exemplo um artigo publicado em janeiro. "Por pouco não disse que sou selvagem, retrógrado, populista, que os indígenas não sabem nada sobre a realidade econômica, social ou política", reclamou.
Antes de mencionar o autor, disse que tinha lido "alguns livros, editoriais e artigos que permanentemente 'satanizam' e penalizam" os índios.
O presidente se referia a um artigo do escritor peruano, no qual afirmou que Morales "é o emblemático 'criollo' latino-americano, esperto, matreiro, e com uma vasta experiência de manipulador de homens e mulheres, adquirida em sua longa trajetória de dirigente cocaleiro e membro da aristocracia sindical".
O governante boliviano disse que identificou dois tipos de escritores: "os que escrevem pela libertação dos povos e os que escrevem para oprimir e para submeter". Disse que lê quando pode, tanto livros bons quanto ruins, mas que prefere os livros de seus críticos, "para saber por que o desprezo, se existe um motivo ou se é só por ódio".
Morales também compartilhou a preocupação dos escritores e os editores com as cópias ilegais. Para ele, a ilegalidade é como a de alguns intelectuais, que ouvem as idéias de dirigentes indígenas e camponeses, "e as põem num livro como uma grande iniciativa própria".
Em seu discurso, reconheceu que lê pouco, mas incentivou a população a se superar para aproveitar o conhecimento dos livros. E destacou os primeiros resultados do programa de alfabetização iniciado há quatro meses por seu Governo, com ajuda de Cuba e da Venezuela.
Até ontem, segundo Morales, mais de 6 mil adultos aprenderam a ler e escrever dentro do programa. Mais 170 mil estão atualmente nas centenas de centros de capacitação instalados no país.
"Estou convencido de que a leitura é importantíssima", disse, ao propor que, "todo dia, pelo menos meia hora", seja dedicada à leitura para elevar os conhecimentos.
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