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11/08/2006
-
12h46
da Folha Online
O "Cultura Mundo" exibe na próxima quarta-feira (16), às 21h20, o documentário inédito "Quem Matou Stalin", da rede britânica BBC.
Editado em estilo de investigação não só histórica, mas também policial, o documentário analisa minuciosamente as relações que todos os suspeitos tiveram com Stalin ao longo de décadas --e os muitos motivos de cada um para querer ver morto um dos mais cruéis ditadores do século 20.
Em 2004, arquivos ultra-secretos da antiga União Soviética foram liberados pelo governo russo e pesquisadores do mundo inteiro puderam verificar as discrepâncias entre esses relatos e os documentos oficiais da época da morte de Stalin. O exame rigoroso desses documentos e entrevistas com pessoas que tiveram informações em primeira mão sobre os últimos dias do ditador deram a base para o documentário Quem Matou Stalin?.
Josef Stalin (1879-1953) foi uma das principais figuras da história do século 20. Nascido em Góri, na atual República da Geórgia, teve como pais camponeses analfabetos que sequer falavam o idioma russo. Ele, porém, foi forçado a aprender a língua oficial em uma escola pública do Império Czarista, do qual a Geórgia fazia parte.
Um dos melhores alunos da escola, ganhou bolsa de estudos integral para estudar no Seminário Teológico da capital georgiana, Tbilísi. Atraído pelas agitações políticas e revoltas contra o Czar já no fim do século 19, desistiu da carreira religiosa e aderiu ao socialismo, influenciado pela leitura (proibida pelo regime) das obras de Karl Marx.
Em 1899 filiou-se ao Partido Social-Democrata; nos anos seguintes foi preso cerca de dez vezes (esteve até mesmo na Sibéria) mas conseguiu fugir. Mudou o nome de batismo, Iosif Vissarionovich Dzhugashvili, para Iosif (Josef) Stalin (Stalin quer dizer, em russo, "homem de aço"). Juntou-se aos bolcheviques (facção majoritária do partido, liderada por Vladimir Lenin) e, por meio de habilidosas manobras de bastidores e irrestrita devoção à causa partidária, subiu na hierarquia, tornou-se diretor do jornal oficial da agremiação (Pravda ou Verdade) e teve atuação destacada na derrubada do regime czarista em 1917.
Chegou a secretário-geral do Partido Comunista da URSS (que resultou da unificação das correntes bolcheviques) em 1922. Depois da morte de Lenin em 21 de janeiro de 1924, derrotou seus adversários na cúpula do PCUS e tornou-se líder supremo da União Soviética. Stalin governou o maior país da Terra durante quase 30 anos com poderes ditatoriais e mão-de-ferro implacável, que não poupava nem os próprios parentes.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a TV Cultura
TV Cultura exibe documentário "Quem Matou Stalin"
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O "Cultura Mundo" exibe na próxima quarta-feira (16), às 21h20, o documentário inédito "Quem Matou Stalin", da rede britânica BBC.
Editado em estilo de investigação não só histórica, mas também policial, o documentário analisa minuciosamente as relações que todos os suspeitos tiveram com Stalin ao longo de décadas --e os muitos motivos de cada um para querer ver morto um dos mais cruéis ditadores do século 20.
Em 2004, arquivos ultra-secretos da antiga União Soviética foram liberados pelo governo russo e pesquisadores do mundo inteiro puderam verificar as discrepâncias entre esses relatos e os documentos oficiais da época da morte de Stalin. O exame rigoroso desses documentos e entrevistas com pessoas que tiveram informações em primeira mão sobre os últimos dias do ditador deram a base para o documentário Quem Matou Stalin?.
Josef Stalin (1879-1953) foi uma das principais figuras da história do século 20. Nascido em Góri, na atual República da Geórgia, teve como pais camponeses analfabetos que sequer falavam o idioma russo. Ele, porém, foi forçado a aprender a língua oficial em uma escola pública do Império Czarista, do qual a Geórgia fazia parte.
Um dos melhores alunos da escola, ganhou bolsa de estudos integral para estudar no Seminário Teológico da capital georgiana, Tbilísi. Atraído pelas agitações políticas e revoltas contra o Czar já no fim do século 19, desistiu da carreira religiosa e aderiu ao socialismo, influenciado pela leitura (proibida pelo regime) das obras de Karl Marx.
Em 1899 filiou-se ao Partido Social-Democrata; nos anos seguintes foi preso cerca de dez vezes (esteve até mesmo na Sibéria) mas conseguiu fugir. Mudou o nome de batismo, Iosif Vissarionovich Dzhugashvili, para Iosif (Josef) Stalin (Stalin quer dizer, em russo, "homem de aço"). Juntou-se aos bolcheviques (facção majoritária do partido, liderada por Vladimir Lenin) e, por meio de habilidosas manobras de bastidores e irrestrita devoção à causa partidária, subiu na hierarquia, tornou-se diretor do jornal oficial da agremiação (Pravda ou Verdade) e teve atuação destacada na derrubada do regime czarista em 1917.
Chegou a secretário-geral do Partido Comunista da URSS (que resultou da unificação das correntes bolcheviques) em 1922. Depois da morte de Lenin em 21 de janeiro de 1924, derrotou seus adversários na cúpula do PCUS e tornou-se líder supremo da União Soviética. Stalin governou o maior país da Terra durante quase 30 anos com poderes ditatoriais e mão-de-ferro implacável, que não poupava nem os próprios parentes.
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