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14/08/2006
-
18h35
da Efe, em Berlim
O escritor alemão Günter Grass se defendeu nesta segunda-feira das críticas que recebeu após admitir que fez parte da elite militar do regime nazista, a SS. Grass aproveitou a polêmica para divulgar mais ainda seu livro autobiográfico "Descascando Cebolas" ("Beim Häuten der Zwiebel").
O prêmio Nobel de Literatura de 1999 disse à agência alemã de notícias "DPA" que considera "pessoalmente ofensiva" a polêmica gerada após sua confissão, e pediu que os que opinaram a respeito "leiam atentamente" o livro, que será lançado em 1º de setembro.
"Certamente, há uma tentativa de alguns de me tornar uma não-pessoa", disse Grass, em referência ao termo "unperson" usado pelo escritor George Orwell em sua obra "1984" para se referir a alguém cuja existência foi apagada de todos os registros, como se nunca tivesse existido, por ter infringido a lei.
Grass afirmou em entrevista publicada há dois dias no jornal "Frankfurter Allgemeine Zeitung" que serviu, durante alguns meses e aos 17 anos, no corpo de combate das SS nazistas.
Essa revelação causou grande polêmica, já que até agora nas biografias do autor de "O Tambor" constava que durante a Segunda Guerra Mundial foi auxiliar de artilharia do Exército alemão.
O escritor voltou considerar uma "mancha" em sua biografia o fato de ter pertencido alguns meses a SS, e disse que "ao longo de 60 anos" tentou tirar "conseqüências" disso, como considera ter demonstrado em "seu comportamento posterior como escritor e cidadão".
Grass se recusou a fazer comentários sobre as exigências de algumas pessoas para que renuncie ao título de Cidadão de Honra de Gdansk (antiga Danzig, sua cidade natal) e ao prêmio Nobel.
O escritor alemão disse que a confissão de ter pertencido a SS não é um questão-chave em sua autobiografia, mas as dolorosas perguntas de fundo sobre sua "ingenuidade" como jovem nos tempos do nacional-socialismo.
A editora de Grass, a alemã Steidl, mostrou-se "surpresa" pelo debate gerado após as declarações do escritor, e afirmou que não foi responsável por levantar a questão.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Günter Grass
Escritor rebate críticas por ter sido da tropa de elite nazista
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O escritor alemão Günter Grass se defendeu nesta segunda-feira das críticas que recebeu após admitir que fez parte da elite militar do regime nazista, a SS. Grass aproveitou a polêmica para divulgar mais ainda seu livro autobiográfico "Descascando Cebolas" ("Beim Häuten der Zwiebel").
O prêmio Nobel de Literatura de 1999 disse à agência alemã de notícias "DPA" que considera "pessoalmente ofensiva" a polêmica gerada após sua confissão, e pediu que os que opinaram a respeito "leiam atentamente" o livro, que será lançado em 1º de setembro.
"Certamente, há uma tentativa de alguns de me tornar uma não-pessoa", disse Grass, em referência ao termo "unperson" usado pelo escritor George Orwell em sua obra "1984" para se referir a alguém cuja existência foi apagada de todos os registros, como se nunca tivesse existido, por ter infringido a lei.
Grass afirmou em entrevista publicada há dois dias no jornal "Frankfurter Allgemeine Zeitung" que serviu, durante alguns meses e aos 17 anos, no corpo de combate das SS nazistas.
Essa revelação causou grande polêmica, já que até agora nas biografias do autor de "O Tambor" constava que durante a Segunda Guerra Mundial foi auxiliar de artilharia do Exército alemão.
O escritor voltou considerar uma "mancha" em sua biografia o fato de ter pertencido alguns meses a SS, e disse que "ao longo de 60 anos" tentou tirar "conseqüências" disso, como considera ter demonstrado em "seu comportamento posterior como escritor e cidadão".
Grass se recusou a fazer comentários sobre as exigências de algumas pessoas para que renuncie ao título de Cidadão de Honra de Gdansk (antiga Danzig, sua cidade natal) e ao prêmio Nobel.
O escritor alemão disse que a confissão de ter pertencido a SS não é um questão-chave em sua autobiografia, mas as dolorosas perguntas de fundo sobre sua "ingenuidade" como jovem nos tempos do nacional-socialismo.
A editora de Grass, a alemã Steidl, mostrou-se "surpresa" pelo debate gerado após as declarações do escritor, e afirmou que não foi responsável por levantar a questão.
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