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18/08/2006
-
09h51
RICARDO CALIL
do Guia da Folha
Depois de mais de 20 anos como colaborador de alguns dos principais cineastas brasileiros (Walter Salles e Cacá Diegues, entre outros), o gaúcho Rudi Lagemann estréia como diretor de longas com "Anjos do Sol".
O roteiro se inspira livremente em notícias de jornal sobre o problema da prostituitção infantil. A partir delas, Lagemann criou a história de Maria (a estreante Fernanda Carvalho), garota nordestina de 12 anos vendida por sua família a um recrutador de prostitutas (Chico Diaz). Comprada por um fazendeiro (Otavio Augusto) em um leilão de meninas virgens, ela é enviada a um prostíbulo na região amazônica, onde sofre constantes abusos.
Pela trama, vê-se que "Anjos do Sol" é um filme de denúncia repleto de boas intenções. Mas só elas não garantem o interesse da obra. Em seu primeiro filme, Lagemann deixa claro que herdou mais os vícios do que as virtudes dos cineastas com que trabalhou. O diretor sempre opta pelas escolhas mais banais --como a redundância da trilha com as imagens.
Mas, como provou "Iracema, uma Transa Amazônica" (74), que também lidava com prostituição infantil, quanto mais original o filme, mais eficiente a denúncia.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre "Anjos do Sol"
"Anjos do Sol" denuncia nas telas prostituição infantil
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do Guia da Folha
Depois de mais de 20 anos como colaborador de alguns dos principais cineastas brasileiros (Walter Salles e Cacá Diegues, entre outros), o gaúcho Rudi Lagemann estréia como diretor de longas com "Anjos do Sol".
O roteiro se inspira livremente em notícias de jornal sobre o problema da prostituitção infantil. A partir delas, Lagemann criou a história de Maria (a estreante Fernanda Carvalho), garota nordestina de 12 anos vendida por sua família a um recrutador de prostitutas (Chico Diaz). Comprada por um fazendeiro (Otavio Augusto) em um leilão de meninas virgens, ela é enviada a um prostíbulo na região amazônica, onde sofre constantes abusos.
Pela trama, vê-se que "Anjos do Sol" é um filme de denúncia repleto de boas intenções. Mas só elas não garantem o interesse da obra. Em seu primeiro filme, Lagemann deixa claro que herdou mais os vícios do que as virtudes dos cineastas com que trabalhou. O diretor sempre opta pelas escolhas mais banais --como a redundância da trilha com as imagens.
Mas, como provou "Iracema, uma Transa Amazônica" (74), que também lidava com prostituição infantil, quanto mais original o filme, mais eficiente a denúncia.
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