Publicidade
Publicidade
17/08/2006
-
22h28
da France Presse, em Berlim
O escritor alemão Günter Grass falou nesta quinta-feira à noite, em uma longa entrevista na TV, sobre sua "cegueira" na época da juventude, diante do regime nazista e de Adolf Hitler. Ele disse que não participou de qualquer crime por ter feito parte da elite da tropa nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
"Guardava esta fase vergonhosa dentro de mim, [ela] sempre me perseguiu", revelou Grass em um programa literário da televisão pública ARD, admitindo que estava falando sobre o assunto "muito tarde".
O autor de "O Tambor" explicou que, ainda menino, mergulhou em um "cárcere ideológico" e entrou na tropa de elite nazista SS, "sem sentimento de cometer alguma falta" e que foi vítima de uma "cegueira" dos 12 aos 13 anos.
"Com minha obsessão de jovem hitleriano, não fiz perguntas em situações particulares", lamentou, referindo-se, por exemplo, a quando um tio seu, de origem polonesa, foi fuzilado pelos nazistas em Dantzig.
O desejo de ser "um herói pode ter um papel" nos compromissos políticos, assim como na vontade de fugir "das estreitezas da vida familiar", avaliou o escritor, comprometido com a esquerda há mais de 60 anos e ligado ao Partido Social Democrata (SPD).
Grass garantiu que não sabia de nada a respeito dos crimes nazistas e que "a princípio não conseguia aceitar" o que foi revelado depois da guerra, porque lhe parecia "propaganda".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Günter Grass
Escritor Günter Grass diz que estava "cego" pelo nazismo
Publicidade
O escritor alemão Günter Grass falou nesta quinta-feira à noite, em uma longa entrevista na TV, sobre sua "cegueira" na época da juventude, diante do regime nazista e de Adolf Hitler. Ele disse que não participou de qualquer crime por ter feito parte da elite da tropa nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
"Guardava esta fase vergonhosa dentro de mim, [ela] sempre me perseguiu", revelou Grass em um programa literário da televisão pública ARD, admitindo que estava falando sobre o assunto "muito tarde".
O autor de "O Tambor" explicou que, ainda menino, mergulhou em um "cárcere ideológico" e entrou na tropa de elite nazista SS, "sem sentimento de cometer alguma falta" e que foi vítima de uma "cegueira" dos 12 aos 13 anos.
"Com minha obsessão de jovem hitleriano, não fiz perguntas em situações particulares", lamentou, referindo-se, por exemplo, a quando um tio seu, de origem polonesa, foi fuzilado pelos nazistas em Dantzig.
O desejo de ser "um herói pode ter um papel" nos compromissos políticos, assim como na vontade de fugir "das estreitezas da vida familiar", avaliou o escritor, comprometido com a esquerda há mais de 60 anos e ligado ao Partido Social Democrata (SPD).
Grass garantiu que não sabia de nada a respeito dos crimes nazistas e que "a princípio não conseguia aceitar" o que foi revelado depois da guerra, porque lhe parecia "propaganda".
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice