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18/08/2006 - 21h34

Em carta ao "NYT", Osesp nega corrupção e repudia reportagem

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da Folha Online

A Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) divulgou nesta sexta-feira (18) o teor da carta enviada ao "The New York Times" sobre a polêmica em torno do seu concurso internacional de piano. O jornal norte-americano trouxe, na edição da última segunda-feira, denúncias de irregularidades feitas após a demissão de alguns juízes.

A carta da Osesp foi assinada por todos os membros do júri do Concurso Internacional de Piano Villa-Lobos, bem como pelo diretor-executivo da Fundação Osesp, Marcelo Lopes, pelo diretor-artístico da Osesp, John Neschling, e pelo presidente do júri, Nelson Freire.

Eles repudiaram o teor da reportagem publicada pelo jornal, negaram a ocorrência de corrupção e informaram que a competência está ocorrendo normalmente.

"Temos certeza de que o evento irá obter sucesso e atingir seu objetivo de celebrar a música do maior compositor da América Latina, Heitor Villa-Lobos", cita a carta.

Demissão

O concurso era coordenado pelo pianista israelense Ilan Rechtman, demitido pelo diretor artístico da Osesp, John Neschling, em abril.

Rechtman chamara o americano Jeffrey Moidel e o paulista Gilberto Tinetti para realizar uma pré-seleção e, quando os 20 classificados foram anunciados, notou diferenças entre essa relação e a sua pré-escolha. Ficaram de fora músicos laureados em competições internacionais e foram selecionados candidatos como a pianista da Osesp Olga Kopylova.

Segundo uma nota da Osesp divulgada em julho, Rechtman foi demitido por atitudes "inaceitáveis" durante a pré-seleção e cita e-mail dele a Neschling, no qual o israelense afirma que "alterou algumas" avaliações de Tinetti.

Na época, Rechtman disse à Folha que fez isso, pois não podia "consentir com a participação de candidatos que editaram os CDs submetidos à avaliação nem permitir que a seleção fosse regida por razões políticas ou pessoais".

Com informações da Folha de S. Paulo

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