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22/08/2006
-
09h29
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
da Folha de S.Paulo, em Chelmsford
A concorrência era forte --Morrissey, Beck, Kasabian, Bloc Party--, mas Thom Yorke e cia. botaram todos no bolso assim que pisaram no palco, na noite do último sábado. Era a primeira aparição do Radiohead em um festival britânico nos últimos três anos, e a banda fez o que se esperava dela: em um cenário deslumbrante, apresentou três músicas novas, enfileirou hits e fez o melhor e mais longo show do V Festival.
O evento, que aconteceu simultaneamente, no último fim de semana, em Chelmsford e em Staffordshire, na Inglaterra, reuniu 130 mil pessoas em torno de seis palcos (em cada cidade) e de mais de uma centena de artistas.
O ingresso antecipado para os dois dias custava 100 libras (cerca de R$ 400), fáceis de relativizar dado o número de grandes atrações e tendo em mente que a entrada para a recente turnê de Madonna na Inglaterra custou até 160 libras (cerca de R$ 640).
Mas as considerações financeiras ficam em segundo plano quando o Radiohead entra em cena, tocando "Airbag", do clássico "OK Computer" (1997), base do show. Diante de um cenário de dez telões poligonais e sob uma iluminação estupenda, Yorke faz sua tradicional dança epiléptica enquanto alterna velhos hits --"Just", "Creep"-- com canções do próximo álbum, como a empolgante "All I Need".
A animação do público confirmou a vitória do Radiohead como principal atração, mas antes de a banda se apresentar tudo levava a crer que o título seria difícil de decidir.
Marionetes
No mesmo horário, em outro palco, tocava o Kasabian, uma das maiores sensações atuais do Reino Unido, apresentando seu segundo álbum, "Empire".
O americano Beck, que tocou antes do Radiohead, foi outro que entrou no "top 3" da maior parte da audiência, com o show mais divertido do fim de semana, com direito a marionetes e fantasias de urso. Com o repertório do último disco, "Guero", na ponta da língua, o público ainda viu Beck desfilar seus principais sucessos, como "Loser" e "Devil's Haircut".
Quem também poderia clamar para si o título de estrela maior, mas sofreu com o horário ingrato em Chelmsford, fechando a noite de domingo, foi Morrissey. Abrindo e fechando o show com clássicos de sua ex-banda, Smiths --"Panic" e "How Soon Is Now"--, com uma imensa foto da escritora Virginia Woolf como cenário e elegantes ternos vestindo a banda, o cantor mostrou que sua voz continua ótima, sua língua, afiada, e seu público, fiel.
Se é fácil entender a atração exercida por medalhões, é impressionante ver como bandas novas magnetizam o público. O quarteto de neohippies do Magic Numbers, por exemplo, parecia ter anos de carreira quando o público acompanhava com palmas as músicas de seu único disco. Bloc Party, Hard-Fi e Keane --todos estrelas do palco principal-- já são entidades pop, com suas músicas cantadas por uma audiência bem eclética. E ainda havia roqueiros cheios de gás --The Dead 60's, The Young Knives, We Are Scientists, Art Brut-- lotando suas tendas nos dois dias.
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da Folha de S.Paulo, em Chelmsford
A concorrência era forte --Morrissey, Beck, Kasabian, Bloc Party--, mas Thom Yorke e cia. botaram todos no bolso assim que pisaram no palco, na noite do último sábado. Era a primeira aparição do Radiohead em um festival britânico nos últimos três anos, e a banda fez o que se esperava dela: em um cenário deslumbrante, apresentou três músicas novas, enfileirou hits e fez o melhor e mais longo show do V Festival.
O evento, que aconteceu simultaneamente, no último fim de semana, em Chelmsford e em Staffordshire, na Inglaterra, reuniu 130 mil pessoas em torno de seis palcos (em cada cidade) e de mais de uma centena de artistas.
O ingresso antecipado para os dois dias custava 100 libras (cerca de R$ 400), fáceis de relativizar dado o número de grandes atrações e tendo em mente que a entrada para a recente turnê de Madonna na Inglaterra custou até 160 libras (cerca de R$ 640).
Mas as considerações financeiras ficam em segundo plano quando o Radiohead entra em cena, tocando "Airbag", do clássico "OK Computer" (1997), base do show. Diante de um cenário de dez telões poligonais e sob uma iluminação estupenda, Yorke faz sua tradicional dança epiléptica enquanto alterna velhos hits --"Just", "Creep"-- com canções do próximo álbum, como a empolgante "All I Need".
A animação do público confirmou a vitória do Radiohead como principal atração, mas antes de a banda se apresentar tudo levava a crer que o título seria difícil de decidir.
Marionetes
No mesmo horário, em outro palco, tocava o Kasabian, uma das maiores sensações atuais do Reino Unido, apresentando seu segundo álbum, "Empire".
O americano Beck, que tocou antes do Radiohead, foi outro que entrou no "top 3" da maior parte da audiência, com o show mais divertido do fim de semana, com direito a marionetes e fantasias de urso. Com o repertório do último disco, "Guero", na ponta da língua, o público ainda viu Beck desfilar seus principais sucessos, como "Loser" e "Devil's Haircut".
Quem também poderia clamar para si o título de estrela maior, mas sofreu com o horário ingrato em Chelmsford, fechando a noite de domingo, foi Morrissey. Abrindo e fechando o show com clássicos de sua ex-banda, Smiths --"Panic" e "How Soon Is Now"--, com uma imensa foto da escritora Virginia Woolf como cenário e elegantes ternos vestindo a banda, o cantor mostrou que sua voz continua ótima, sua língua, afiada, e seu público, fiel.
Se é fácil entender a atração exercida por medalhões, é impressionante ver como bandas novas magnetizam o público. O quarteto de neohippies do Magic Numbers, por exemplo, parecia ter anos de carreira quando o público acompanhava com palmas as músicas de seu único disco. Bloc Party, Hard-Fi e Keane --todos estrelas do palco principal-- já são entidades pop, com suas músicas cantadas por uma audiência bem eclética. E ainda havia roqueiros cheios de gás --The Dead 60's, The Young Knives, We Are Scientists, Art Brut-- lotando suas tendas nos dois dias.
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