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08/09/2006 - 09h00

Cacá Diegues reflete sobre o país em "O Maior Amor do Mundo"

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da Folha de S.Paulo

Antônio (José Wilker), astrofísico brasileiro que fez fama e fortuna nos Estados Unidos, volta ao país americanizado em "O Maior Amor do Mundo", que estréia no circuito comercial.

Com um diagnóstico que lhe confere poucos meses de vida, ele chega ao Rio de Janeiro para receber um prêmio, mas dá pouca importância a isso e a tudo mais. Até que o reencontro com o pai desperta em Antônio a vontade de buscar a mãe biológica, que ele nunca conheceu.

O desejo da volta à origem levará até o universo da favela esse protagonista de "O Maior Amor do Mundo", novo filme de Cacá Diegues, que estréia em todo o país nesta quinta.

Sucessor de "Deus É Brasileiro" (2003), que é ambientado na margem esquerda do rio São Francisco, "O Maior Amor do Mundo" também leva seu diretor de volta ao ambiente com o qual seu cinema mais se identifica --o da periferia urbana.

No entanto, neste seu 17º longa é outra a visada de Diegues, 66, para as margens --da sociedade brasileira e de suas grandes cidades.

Pelas lentes do diretor, a periferia nunca esteve tão abatida pela sujeira, pela miséria e pela sujeição à violência, embora Diegues discorde de que é desencanto e pessimismo o que se depreende de seu olhar.

"A simplificação muitas vezes cria estereótipos e impede que a gente veja a complexidade da situação real. Nosso dever de artistas, de cineastas, não é simplificar as coisas. É complicá-las", afirma o diretor.

A "complicação" pertinente a "O Maior Amor do Mundo", na avaliação de Diegues, corresponde a defender duas coisas distintas, simultaneamente. "Ao mesmo tempo em que estamos dizendo [com o filme]: "Olha a situação de miséria assombrosa em que essas pessoas vivem no seu cotidiano", também dizemos: "Olha como existem virtudes e qualidades que você pode encontrar aí'".

Para ressaltar a primeira parte da equação, Diegues, que abraçou a MPB no cinema, desta vez lança mão também do rap na trilha sonora do filme.

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