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10/09/2006 - 10h32

Especiais da TV relembram o 11/9

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RAUL JUSTE LORES
da Folha de S.Paulo

A imagem mais emblemática do século 21 é a colisão dos aviões comandados pelos terroristas da Al Qaeda contra as torres do World Trade Center no 11 de Setembro. Repetida tantas vezes, a hiperinflação das imagens pode desvalorizar e até perigosamente relativizar o que aconteceu.

Um bom antídoto à banalização do ocorrido é assistir aos documentários que a TV paga exibe nesta semana, aproveitando o aniversário de cinco anos dos atentados. Há vários deles, então é bom ser seletivo (veja quadro ao lado).

O melhor e mais conhecido, "9/11", foi realizado pelos irmãos franceses Gedeon e Jules Naudet. O canal GNT apresenta a nova versão dos diretores, mais longa e narrada pelo ator Robert de Niro.

Em 2001, Gedeon e Jules faziam um modorrento documentário sobre o cotidiano dos bombeiros de Nova York, quando foram surpreendidos pelos atentados. Com senso de oportunidade, coragem e câmera sempre ligada, eles fizeram os registros conhecidos mais impressionantes e trágicos do 11 de Setembro.

Os depoimentos dos bombeiros, do capelão que reza orações certamente não-atendidas e a nuvem negra de fumaça não perderam nada da trágica força.

Outro documentário muito bem produzido é atração do Discovery, "Torres Gêmeas: Entre os Escombros". O filme procura mostrar como foram os últimos minutos de quem estava nas torres no momento da tragédia.

Com dramatizações que não caem no melodrama barato e imagens geradas por computador, a produção recria os efeitos da fumaça, do calor, de andares e divisórias que desabam, além do desespero das milhares de pessoas que não sabiam o que fazer.

Feito com a colaboração dos parentes das vítimas e entrevistas com sobreviventes, faz o espectador até ouvir as ligações desesperadas de pessoas que estavam no 106º andar. Há imagens de pessoas que se atiram de seus escritórios rumo à morte, e a recriação do trabalho das secretárias que recebiam ligações sem parar e titubeavam para saber se era hora de fugir ou não.

Falhas nos elevadores, no desenho das escadarias e das rotas de fuga, e nos serviços de regaste --que pediam às pessoas que tentavam abandonar o prédio às pressas para voltarem a seus escritórios e esperar com calma-- são bem ilustradas.

Ambos documentários enfocam mais as tragédias humanas e o despreparo, naquele momento, da nação mais rica do mundo para uma emergência dessa gravidade. A Al Qaeda ficou de fora em ambos.

Como muita gente politizada anda praticamente relevando as agressões aos EUA por conta da desastrada política externa do governo Bush, os filmes nos recordam que nada justifica o terrorismo dos fundamentalistas e a barbárie cometida em Nova York.

Especial
  • Leia cobertura completa sobre os cinco anos do 11/9
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