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14/09/2006
-
15h34
da Ansa, em Ancara (Turquia)
A escritora e jornalista turca Elif Shafak será julgada na semana que vem, apesar de estar prestes a dar à luz, em um processo no qual é acusada de ter dado uma fala muito crítica aos turcos a um personagem armênio fictício do seu romance "O Bastardo de Istambul", ambientado nos tempos dos massacres de armênios pelos turcos otomanos (entre 1915 e 1916) e definido pelos armênios e pelo Parlamento europeu como "o primeiro genocídio do século 20" --posicionamento do qual o governo turco discorda.
O tribunal negou o adiamento do processo, requisitado pelos advogados de Shafak. O artigo usado pelo procurador para abrir um processo contra a escritora é o famoso 301 do código penal que pune as ofensas à identidade nacional e pelo qual, na prática, está sujeita à perseguição toda opinião crítica a dirigentes e funcionários do Estado turco. A União Européia pediu várias vezes a revogação ou mudança substancial do artigo.
É a primeira vez que a aplicação do artigo 301 é solicitada por frases pronunciadas por um personagem fictício. No caso do romancista Orhan Pamuk, que depois foi absolvido, a acusação se referia às suas opiniões pessoais manifestadas em uma entrevista.
A Turquia nega que os massacres dos armênios nos últimos anos do império otomano tenham resultado em 1,5 milhão de mortos, como afirmam os armênios, e recusa o termo "genocídio" para essas ações.
O governo considera uma ofensa à identidade turca toda opinião divergente da sua versão, segundo a qual naqueles tempos um número aproximadamente igual (300 mil de cada lado) de turcos muçulmanos e de armênios cristãos foram mortos no curso de confrontos e ataques recíprocos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre artistas turcos
Escritora turca vai a julgamento por falar de personagem fictício
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A escritora e jornalista turca Elif Shafak será julgada na semana que vem, apesar de estar prestes a dar à luz, em um processo no qual é acusada de ter dado uma fala muito crítica aos turcos a um personagem armênio fictício do seu romance "O Bastardo de Istambul", ambientado nos tempos dos massacres de armênios pelos turcos otomanos (entre 1915 e 1916) e definido pelos armênios e pelo Parlamento europeu como "o primeiro genocídio do século 20" --posicionamento do qual o governo turco discorda.
O tribunal negou o adiamento do processo, requisitado pelos advogados de Shafak. O artigo usado pelo procurador para abrir um processo contra a escritora é o famoso 301 do código penal que pune as ofensas à identidade nacional e pelo qual, na prática, está sujeita à perseguição toda opinião crítica a dirigentes e funcionários do Estado turco. A União Européia pediu várias vezes a revogação ou mudança substancial do artigo.
É a primeira vez que a aplicação do artigo 301 é solicitada por frases pronunciadas por um personagem fictício. No caso do romancista Orhan Pamuk, que depois foi absolvido, a acusação se referia às suas opiniões pessoais manifestadas em uma entrevista.
A Turquia nega que os massacres dos armênios nos últimos anos do império otomano tenham resultado em 1,5 milhão de mortos, como afirmam os armênios, e recusa o termo "genocídio" para essas ações.
O governo considera uma ofensa à identidade turca toda opinião divergente da sua versão, segundo a qual naqueles tempos um número aproximadamente igual (300 mil de cada lado) de turcos muçulmanos e de armênios cristãos foram mortos no curso de confrontos e ataques recíprocos.
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