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15/09/2006 - 18h29

"Death of a president" decepciona no Festival de Toronto

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da France Presse, em Toronto

Muito aguardado no Festival Internacional de Cinema de Toronto, "Death of a President" (Morte de Um Presidente, numa tradução literal), revelou-se uma decepção no campo das idéias, mas uma jóia técnica. O documentário reconstitui o assassinato fictício do presidente americano, George W. Bush.

O filme do britânico Gabriel Range rendeu muitas páginas na imprensa americana desde o anúncio de sua exibição na mostra canadense.

O cineasta reconstrói o assassinato fictício, em 19 de outubro de 2007, do presidente Bush, que morre após ser atingido no peito por disparos de fuzil pouco depois de dar um discurso em Chicago, palco de importantes manifestações de opositores à guerra no Iraque.

Depois deste evento chave, o falso documentário se volta para a investigação, no melhor estilo policial: a questão é saber qual dos opositores matou o presidente americano.

No cenário criado por Range, as autoridades americanas têm três suspeitos principais na mira: um anarquista americano anti-Bush, um imigrante iemenita e um agente sírio que teria agido por conta da Síria.

O filme alterna imagens de arquivo com cenas filmadas em Chicago, inclusive entrevistas com membros "reais" da administração Bush, da polícia municipal e do FBI, o que dá cores de realidade a esta morte e a esta investigação fictícias.

"Tecnicamente, o filme é excepcional", destacou a revista "Variety",que no entanto acusa o diretor de não ter levado até o fim sua idéia original.

A única coisa que muda nestes Estados Unidos pós-Bush é que as medidas antiterroristas do Ato Patriótico se tornam permanentes. E nada é dito sobre a transformação do cenário político mundial após o assassinato do homem mais poderoso do mundo.

"Ao se concentrar unicamente nos detalhes do crime, os diretores negam as importantes possibilidades visionárias que sua premissa ofereceria", sustentou a "Variety".

O longa, que será exibido em outubro pela emissora britânica More 4, provocou uma forte polêmica nos Estados Unidos, onde alguns consideraram inapropriado sugerir o assassinato de uma pessoa que está viva, ainda mais o presidente.

Os direitos de exibição do filme nos Estados Unidos foram comprados esta semana pela empresa independente Newmarket films, que distribuiu o polêmico "A Paixão de Cristo", de Mel Gibson.

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