Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/09/2006 - 10h41

The Killers e Scissor Sisters lançam discos e flertam com os 80

Publicidade

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Blackpool
THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo

Eles vêm dos EUA, mas fazem mais sucesso na Europa (e até no Brasil) do que em sua terra natal; somados, seus álbuns de estréia venderam quase 9 milhões de cópias no planeta; agora, estão lançando o segundo disco, em que acentuam a ida ao passado para buscar referências. Os dois são pop até o osso, mas, enquanto o Killers mergulha nos anos 80, o Scissor Sisters atira-se mais longe, até a disco dos 70.

Se com "Hot Fuss" e "Scissor Sisters", ambos de 2004, Killers e Scissor Sisters ganharam rotação nas rádios, bom espaço em jornais e revistas e escalação decente em vários festivais, "Sam's Town" e "Ta Dah" devem colocá-los entre os grandes artistas da música pop. A Universal promete lançar os discos aqui até o final do mês.

A Folha conversou com Brandon Flowers e Mark Stoermer, vocalista e baixista do Killers, em Blackpool, cidade praiana do norte da Inglaterra cujo cenário decadente, preso em décadas passadas, parece ter sido escolhido a dedo pela banda para realizar a audição do novo álbum.

As influências dos anos 80, que marcam o Killers desde seu nome (tirado de um vídeo do New Order), continuam presentes em "Sam's Town" e ainda são assumidas pela banda. "Acho que está no nosso sangue, de ouvir Queen, Cars, essas coisas, acaba transparecendo na música que fazemos", afirma Flowers. "Não nos sentamos pensando "vamos escrever uma música que soe como o Queen". É um processo natural", completa Stoermer.

"Sam's Town" traz a banda de Las Vegas ainda bebendo nos anos 80 e em seus sintetizadores, mas mostra o Killers usando metais, coros e influências que regridem até os Beatles. "É excitante mudar, desafiar-se. Acho que fizemos isso e fomos bem-sucedidos, temos orgulho do álbum independentemente do que aconteça com ele", diz Flowers. "Há canções que parecem destinadas [a se tornar clássicos], mas nunca se sabe o que vai ocorrer."

A banda tampouco parece intimidada pela pressão do segundo disco. Soando bastante seguros, eles reconhecem e assumem a responsabilidade. "Não temos desculpas, tivemos mais tempo para gravar, mais dinheiro e recursos para fazer o que quiséssemos", diz Flowers.

Springsteen e Elton

O vocalista do Killers assume que Bruce Springsteen foi grande influência para compor "Sam's Town". Já durante a produção de "Ta Dah", quem esteve presente --em corpo e alma- foi Elton John.

Fã declarado do Scissor Sisters, Elton John toca piano em "I Don't Feel Like Dancing" e é co-autor da música, lançada no exterior como single. A música, no clima que permeia todo álbum, é claramente inspirada na disco music dos anos 70.

Autor do sensacional cover "Comfortably Numb" (Pink Floyd), o quinteto Scissor Sisters é ídolo gay, principalmente na Europa. "Conhecemos o conservadorismo dos EUA", disse o vocalista Jake Shears à revista "Q". "Claro que gostaríamos de ser grandes em nosso país, mas não vou mudar quem eu sou para conseguir isso."

Há poucos dias, fizeram show gratuito na Trafalgar Square, no centro de Londres. Em 2005, fecharam o V Festival, ao lado do Franz Ferdinand -e, no palco, as duas bandas tocaram "Suffragette City", de David Bowie. Quem sabe os EUA um dia alcancem a banda.

Leia mais
  • Bandas: Conheça o Killers
  • Bandas: Conheça o Scissor Sisters

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre The Killers
  • Leia o que já foi publicado sobre Scissor Sisters
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página