Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/10/2006 - 09h33

The Rapture lança disco e se firma como "padrinho" da onda dance

Publicidade

LÚCIO RIBEIRO
Colaboração para a Folha de S.Paulo

Woo! Alright! Yeeeeah! Uh-huh! O baixo, mais alto e estourado possível, é o instrumento principal. A dance music é movida a guitarras. As festas em clubes escuros têm como item de vestuário obrigatório aqueles tubinhos de luz fluorescente pendurados no pescoço. E a ordem é dançar até se acabar.

Se a tal new rave já chacoalhava o underground britânico há alguns meses e transformava em superbandas (via MySpace e YouTube) um trio de moleques como os Klaxons, que nem álbum lançado tem, a coisa passa a ficar mais séria, colorida e mundial com o lançamento do segundo disco da banda americana The Rapture, "Pieces of the People We Love".

O Rapture, a banda mais inglesa a sair de Nova York nos últimos anos por atualizar o punk-funk dos anos 70/80, é considerado o "padrinho" da nova onda dance que traduz o ânimo em alto grau que atinge os clubes indies do Reino Unido.
Bandas como o Klaxons ou Shitdisco pagam tributo ao hino "House of Jealous Lovers", de 2002, música que levou os roqueiros indies a pegarem o caminho dos clubes eletrônicos. E vice-versa. "Fico muito feliz com essa menção. New rave é o que estão falando agora na Inglaterra. Percebi isso quando uma revista inglesa nos chamou para uma matéria e começaram a falar desse período de raves", disse o líder do Rapture, Luke Jenner, à Folha.

"O que eu ouvi do Klaxons eu gostei, porque no meio da música eles colocam aquelas sirenes das raves, sabe? Gosto do primeiro disco do Prodigy e aquele exagero do começo das raves. É demais. Os ingleses passam por períodos musicais de dois em dois anos, em ciclos, e eles agora estão nessa."

Outra contribuição do Rapture para esse clima rock-dance colorido é o ótimo segundo álbum, que acabou de sair na Inglaterra e nos EUA. O disco ainda não tem previsão de lançamento no Brasil, mas pode ser parcialmente ouvido no My Space da banda (www.myspace.com/therapture).

Novas músicas

"Pieces" chega à cena já com dois hinos instantâneos -"Get Myself Into It" e "Whoo! Alright-Yeah... Uh-Huh", que tocam bastante desde o último verão inglês-, tem duas músicas (a marcante faixa-título e a roqueira "Calling Me") com produção do assediado Danger Mouse, do Gnarls Barkley, e emplacam "First Gear".

"A diferença entre esse disco novo e o anterior ["Echoes", 2003] é que agora o Mattie [Matt Safer, baixista] canta em metade das músicas. No primeiro disco ele só gravou saxofone, agora ele teve mais opinião. Passamos mais tempo escrevendo as músicas também. O último disco era mais forçado algumas vezes, dessa vez está mais natural", afirma Jenner, que lembrou de seu show no Rio de Janeiro em 2003, mas lamenta não ter vindo a São Paulo. "Não tivemos a chance.

Todo mundo fala. Queria ter passado por lá para ver as coisas", diz Jenner. Outra coisa que conecta o Rapture à new rave é a capa e o encarte de "Pieces", ultracolorida. E há também um manifesto rave embutido na sacolejante "Whoo! Alright-Yeah... Uh-Huh". "As pessoas não dançam mais. Elas ficam paradas tipo assim: de braços cruzados, não tiram o olho de você, bebem e mostram desprezo", diz a letra. Segundo o Rapture e a new rave, é hora de acabar com isso.

PIECES OF THE PEOPLE WE LOVE
Artista: The Rapture
Lançamento: Universal
Quanto: US$ 9,98 (mais impostos; importado, em www.amazon.com)

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o grupo The Rapture
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página