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04/10/2006
-
10h05
SILVANA ARANTES
Enviada especial da Folha de S.Paulo ao Rio
A Ancine (Agência Nacional do Cinema) vai recompensar com R$ 1 milhão os dez melhores filmes brasileiros realizados nos anos de 2003 e 2004.
A abertura das inscrições para o concurso e as regras que o regem foram divulgadas anteontem. Essa é a primeira edição do Programa Ancine de Incentivo à Qualidade do Cinema Brasileiro, que passa a ser realizado anualmente, de acordo com previsão da agência. O principal critério para aferir a qualidade dos filmes é a sua premiação em festivais nacionais e internacionais selecionados pela Ancine.
Haverá sempre uma defasagem de dois anos entre o prêmio oferecido pela agência e o ano de realização dos filmes. O intervalo objetiva permitir que os filmes cumpram um largo circuito de festivais.
"A astúcia desse mecanismo é ser automaticamente seletivo. O júri de um festival pode ter uma idiossincrasia, mas, se você reunir os júris de 15 festivais, é sinal de que o filme teve alguma forma de unanimidade", diz Gustavo Dahl, diretor-presidente da Ancine.
O prêmio à qualidade é um contrapeso ao já existente Prêmio Adicional de Renda, destinado aos filmes de maior sucesso de bilheteria. Veterano na política cinematográfica brasileira, Dahl foi protagonista de celeuma nos anos 60, quando sustentou que "mercado é cultura".
Hoje, o presidente da Ancine diz: "Não serei eu que vou questionar essa aproximação [cultura e mercado], mas ela é insuficiente. O cinema brasileiro é competitivo internamente. Somos capazes de fazer grandes blockbusters. Mas, internacionalmente, o cinema brasileiro competitivo é o autoral, destinado às salas de arte", diz.
A contagem dos pontos para a recompensa da Ancine se baseia principalmente nos prêmios de melhor filme e melhor diretor obtidos em festivais. "São os que reúnem a maior quantidade de elementos de análise pelos júris", diz Rangel. Mas quem deve receber o dinheiro (R$ 100 mil para cada um, nesta edição) é o produtor dos títulos. Os recursos devem obrigatoriamente ser usados no desenvolvimento de novos filmes brasileiros.
"Interessa-nos que as produtoras brasileiras se estruturem, e é natural que elas repitam as equipes de criação num novo projeto depois de outro que deu certo", afirma o diretor da Ancine Manoel Rangel.
Outro quesito do Programa de Incentivo à Qualidade da Ancine estabelece que os filmes candidatos à recompensa devam ter estreado comercialmente no país. "Todos os filmes, os de alta invenção estética ou os de ênfase na comunicabilidade, têm que ser feitos para ser exibidos, têm que ser destinados ao público", diz Rangel.
As inscrições ao programa deste ano ficam abertas até o próximo dia 22.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Ancine
Ancine lança incentivo para filmes premiados em festivais
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Enviada especial da Folha de S.Paulo ao Rio
A Ancine (Agência Nacional do Cinema) vai recompensar com R$ 1 milhão os dez melhores filmes brasileiros realizados nos anos de 2003 e 2004.
A abertura das inscrições para o concurso e as regras que o regem foram divulgadas anteontem. Essa é a primeira edição do Programa Ancine de Incentivo à Qualidade do Cinema Brasileiro, que passa a ser realizado anualmente, de acordo com previsão da agência. O principal critério para aferir a qualidade dos filmes é a sua premiação em festivais nacionais e internacionais selecionados pela Ancine.
Haverá sempre uma defasagem de dois anos entre o prêmio oferecido pela agência e o ano de realização dos filmes. O intervalo objetiva permitir que os filmes cumpram um largo circuito de festivais.
"A astúcia desse mecanismo é ser automaticamente seletivo. O júri de um festival pode ter uma idiossincrasia, mas, se você reunir os júris de 15 festivais, é sinal de que o filme teve alguma forma de unanimidade", diz Gustavo Dahl, diretor-presidente da Ancine.
O prêmio à qualidade é um contrapeso ao já existente Prêmio Adicional de Renda, destinado aos filmes de maior sucesso de bilheteria. Veterano na política cinematográfica brasileira, Dahl foi protagonista de celeuma nos anos 60, quando sustentou que "mercado é cultura".
Hoje, o presidente da Ancine diz: "Não serei eu que vou questionar essa aproximação [cultura e mercado], mas ela é insuficiente. O cinema brasileiro é competitivo internamente. Somos capazes de fazer grandes blockbusters. Mas, internacionalmente, o cinema brasileiro competitivo é o autoral, destinado às salas de arte", diz.
A contagem dos pontos para a recompensa da Ancine se baseia principalmente nos prêmios de melhor filme e melhor diretor obtidos em festivais. "São os que reúnem a maior quantidade de elementos de análise pelos júris", diz Rangel. Mas quem deve receber o dinheiro (R$ 100 mil para cada um, nesta edição) é o produtor dos títulos. Os recursos devem obrigatoriamente ser usados no desenvolvimento de novos filmes brasileiros.
"Interessa-nos que as produtoras brasileiras se estruturem, e é natural que elas repitam as equipes de criação num novo projeto depois de outro que deu certo", afirma o diretor da Ancine Manoel Rangel.
Outro quesito do Programa de Incentivo à Qualidade da Ancine estabelece que os filmes candidatos à recompensa devam ter estreado comercialmente no país. "Todos os filmes, os de alta invenção estética ou os de ênfase na comunicabilidade, têm que ser feitos para ser exibidos, têm que ser destinados ao público", diz Rangel.
As inscrições ao programa deste ano ficam abertas até o próximo dia 22.
Especial
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