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18/10/2006 - 09h17

Pela 2ª vez no Brasil, Robbie Williams diz que despreza fama

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MARCO AURÉLIO CANÔNICO
da Folha de S.Paulo, em Londres

Rei do pop britânico, Robbie Williams chega ao Brasil hoje bradando o título de um de seus hits: "Let me Entertain You" -deixem-me diverti-los.

Como ele afirma à Folha, divertir o público é seu trabalho, e ele é bom no que faz: a turnê que leva à praça da Apoteose, no Rio, foi recordista de vendas de ingressos na Europa: 1,6 milhão --todos comprados em um só dia. "Sou fluente na linguagem do entretenimento", diz Williams, que, no show, alterna hits com conversa com o público, imitações e brincadeiras.

Falando por telefone, de sua casa, em Los Angeles (EUA), Williams destaca sua necessidade de agradar ao público, mas despreza a fama --"ela pode se danar, o que eu quero é competir e ser bem-sucedido".

Folha - É sua segunda vez no Brasil, mas seu primeiro show aberto. Como foi a primeira visita, em 2004?

Robbie Williams - Não tive muito tempo para sair, só pude julgar o país pelo jeito como as pessoas agiam no rádio e na TV. Cheguei apenas a ir a uma boate no Rio. Talvez desta vez eu consiga ver mais o Brasil.

Folha - Sendo apaixonado por futebol, você não cogitou fazer o show em um estádio, talvez o Maracanã?

Williams - Infelizmente, não tenho fãs para encher um estádio no Brasil, só uma arena. Mas está bom para mim.

Folha - Você interage muito com o público durante o show. Isso diminui quando a platéia não tem o inglês como primeira língua?

Williams - Não, é mais ou menos a mesma coisa. As pessoas no mundo todo entendem a linguagem do entretenimento, e eu sou fluente nela.

Folha - Num show na Inglaterra, você disse que seria melhor se o público assistisse a ele bêbado. Essa sua atitude não traz problemas?

Williams - Isso é o que me faz quem eu sou. Há artistas controlados nas entrevistas e no jeito como se apresentam, sabem o que dizer e o que não. Eu digo a primeira coisa que me vem à cabeça. Pode me trazer problemas, mas só me comporto assim porque as pessoas permitem. Eu reajo à audiência, seja de 90 mil pessoas ou de duas pessoas sentadas ao meu lado num avião. Até agora, o público cresceu, então meu comportamento deve ser algo de que ele gosta.

Folha - Agradar às pessoas é o mais importante para você?

Williams - Eu seria o pior "entertainer" do mundo se me comportasse de um jeito que todos odiassem. Escrevo músicas porque é minha paixão, entretenho porque é meu trabalho e aprendi a moldá-lo de acordo com meu público. Como ele só aumenta, devo estar fazendo corretamente.

Folha - Você almejava ser famoso quando começou sua carreira?

Williams - Não acho que seja uma busca por ser reconhecido, mas por ser bem-sucedido. Se eu fosse bom em matemática, teria sido professor. Meu caminho é escrever músicas e entreter, e é nisso que busco ser validado. Não é ser famoso, porque a fama é uma merda. Minha validação vem de ser criativo, trabalhar e competir. A fama pode se danar, só quero competir. Considero-me um atleta quando se trata de desempenho. Rádio, TV e palco são minha arena, onde tento ser o melhor.

Folha - Atletas costumam se aposentar depois de um tempo. Você já enxerga seu fim?

Williams - Sempre há uma canção a ser escrita. Até isso morrer em mim, eu continuo. Se me apaixonar e quiser viajar pelo mundo com a pessoa que eu estiver amando, talvez eu pare. Mas não estou apaixonado, tenho um trabalho a fazer que me dá sentido, vou continuar.

Folha - Você conhece algo de música brasileira?

Williams - Sei que todo mundo que é "cool" adora música brasileira. Meu conhecimento é limitado, mas talvez alguém possa me mandar uns CDs das melhores coisas para eu ouvir.

Folha - E quais seus planos para uma eventual folga no Brasil?

Williams - Quero ir a igrejas e ver aquelas loucuras de exorcismo, quero renunciar ao Diabo. Eu poderia fazer isso? Eu vi nos documentários, eu vou!

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