Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/11/2009 - 21h46

Autor de "Gomorra" pede fim da lei que reduz tempo de julgamentos na Itália

Publicidade

da Efe, em Roma

Mais de 100 mil pessoas assinaram o pedido do escritor Roberto Saviano para que o Governo italiano retire a lei que reduz o tempo dos julgamentos e que produziria a prescrição de milhares de processos, incluindo os dois que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, tem pendentes.

"Peço que seja retirada a lei sobre o julgamento breve e que ele seja feito pela salvaguarda do direito. O perigo é que o direito seja destruído na Itália e se transforme em um instrumento dos poderosos", diz a carta de Saviano a Berlusconi, publicada na edição digital do jornal "La Repubblica".

Jean-Paul Pelissier/Reuters
Roberto Saviano, autor de "Gomorra", se manifestou contra lei que reduz tempo de julgamentos
Roberto Saviano é contra a lei que reduz tempo de julgamentos

Saviano denuncia que com a lei sobre o chamado "processo breve", que se encontra no Parlamento para aprovação, "prescreverão julgamentos sobre crimes gravíssimos".

Com a introdução da lei, que prevê que um processo não pode durar mais de dois anos em cada um dos graus (primeira instância, apelação ou no Supremo Tribunal), milhares de processo prescreverão.

A lei será aplicada a todos os julgamentos, exceto aos relativos a pessoas com antecedentes penais e os de crimes de imigração, sexuais, de acidentes de trabalho, ligado à máfia ou ao terrorismo.

Com isso, prescreveriam os dois processos nos quais Berlusconi é acusado de fraude fiscal na gestão do grupo Mediaset e o de corrupção no chamado caso Mills.

O escritor do sucesso literário internacional "Gomorra" afirma que "todos sonham com uma justiça rápida", mas a única maneira de ser alcançada "não é encurtar os julgamento e deixar os cidadãos sem Justiça, mas colocar os magistrados em condições de poder agilizar os processos".

O pedido de Saviano recebeu o apoio em dois dias de mais de 100 mil pessoas.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página