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23/10/2006
-
13h19
da Folha Online
Projeto que já foi alvo de polêmica --assim como seu curador, o artista plástico e ex-secretário municipal da Cultura, Emanoel Araujo--, o Museu Afro Brasil, no parque do Ibirapuera, comemora hoje dois anos de existência com a inauguração da mostra Viva Cultura Viva do Povo Brasileiro. O projeto é composto por quatro exposições: "Território Ocupado", "Um Olhar Sobre a Arte Brasileira", "O Imaginário do Povo Brasileiro" e "Os Pontos de Cultura".
As mostras reúnem diferentes visões da cultura do país, registradas com a utilização de variadas linguagens artísticas. "Território Ocupado" enfoca o grafite, com obras de Speto, Nunca, Ciro, Melim, Kboco e Onesto que abordam novas possibilidades dessa arte.
"Um Olhar Sobre a Arte Brasileira" relembra a produção do século 20, especialmente aquela que era considerada "arte erudita". Desenho, pintura, gravura e escultura estão representados em obras de Nelson Leirner, Marcelo Grassmann, Carlos Scliar, Danilo di Prete, Tomie Ohtake, Arcangelo Ianelli, Franz Krajcberg, Ramiro Bernabó, Bispo do Rosário, Sidney Amaral e Washington Silvera.
O Imaginário do Povo Brasileiro", por sua vez, faz uma viagem à ancestralidade nacional. O espaço privilegia a chamada "arte popular". Já "Os Pontos de Cultura" mostra as produções realizadas por meio do programa do governo federal.
O vernissage acontece hoje, com a presença do ministro Gilberto Gil.
Dificuldades
Araújo, que em 2005 renunciou ao cargo de secretário na gestão de José Serra (PSDB) por desavenças de ordem administrativa --na ocasião, publicou uma comentada carta aberta em que assina como "escultor, curador, cuny distinguished visiting professor of art, filho de Ogum, ex-secretário municipal de Cultura de São Paulo"--, enfrentou dificuldades para manter a instituição funcionando.
Criado na administração Marta Suplicy (PT), o museu inicialmente contou com o apoio da Petrobras. Como fim do patrocínio, correu o risco de fechar suas portas menos de um ano após sua inauguração. "Só sairemos como Antonio Conselheiro em Canudos: abatidos por canhão", declarou o curador frente à escassez de apoio privado e estatal.
Em agosto deste ano, a instituição deixou de ser administrada pela Secretaria Municipal de Cultura e passou a ser uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Tornou-se autônoma, mas deve receber subvenção anual de R$ 1,2 milhão da prefeitura.
Viva Cultura Viva do Povo Brasileiro
Quando: vernissage hoje. Visitação a partir de amanhã (24). De terça a domingo, das 10h às 17h. Até 31 de março de 2007
Onde: Museu Afro Brasil - pavilhão Padre Manoel da Nóbrega (pq. do Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, tel. 0/xx/11 5579-0593)
Quanto: grátis
Especial
Leia tudo o que já foi publicado sobre o Museu Afro Brasil
Museu Afro Brasil comemora dois anos com quatro mostras
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Projeto que já foi alvo de polêmica --assim como seu curador, o artista plástico e ex-secretário municipal da Cultura, Emanoel Araujo--, o Museu Afro Brasil, no parque do Ibirapuera, comemora hoje dois anos de existência com a inauguração da mostra Viva Cultura Viva do Povo Brasileiro. O projeto é composto por quatro exposições: "Território Ocupado", "Um Olhar Sobre a Arte Brasileira", "O Imaginário do Povo Brasileiro" e "Os Pontos de Cultura".
As mostras reúnem diferentes visões da cultura do país, registradas com a utilização de variadas linguagens artísticas. "Território Ocupado" enfoca o grafite, com obras de Speto, Nunca, Ciro, Melim, Kboco e Onesto que abordam novas possibilidades dessa arte.
Divulgação |
Obra do artista Kboco, que está na mostra "Território Ocupado" |
O Imaginário do Povo Brasileiro", por sua vez, faz uma viagem à ancestralidade nacional. O espaço privilegia a chamada "arte popular". Já "Os Pontos de Cultura" mostra as produções realizadas por meio do programa do governo federal.
O vernissage acontece hoje, com a presença do ministro Gilberto Gil.
Divulgação |
Obra de Frans Krajcberg que integra a exposição "Um Olhar Sobre a Arte Brasileira" |
Araújo, que em 2005 renunciou ao cargo de secretário na gestão de José Serra (PSDB) por desavenças de ordem administrativa --na ocasião, publicou uma comentada carta aberta em que assina como "escultor, curador, cuny distinguished visiting professor of art, filho de Ogum, ex-secretário municipal de Cultura de São Paulo"--, enfrentou dificuldades para manter a instituição funcionando.
Criado na administração Marta Suplicy (PT), o museu inicialmente contou com o apoio da Petrobras. Como fim do patrocínio, correu o risco de fechar suas portas menos de um ano após sua inauguração. "Só sairemos como Antonio Conselheiro em Canudos: abatidos por canhão", declarou o curador frente à escassez de apoio privado e estatal.
Em agosto deste ano, a instituição deixou de ser administrada pela Secretaria Municipal de Cultura e passou a ser uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Tornou-se autônoma, mas deve receber subvenção anual de R$ 1,2 milhão da prefeitura.
Viva Cultura Viva do Povo Brasileiro
Quando: vernissage hoje. Visitação a partir de amanhã (24). De terça a domingo, das 10h às 17h. Até 31 de março de 2007
Onde: Museu Afro Brasil - pavilhão Padre Manoel da Nóbrega (pq. do Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, tel. 0/xx/11 5579-0593)
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