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27/10/2006 - 12h53

González Iñárritu diz que "Babel" é "mais que um trabalho"

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da Efe, em Los Angeles

O cineasta mexicano Alejandro González Iñárritu estréia nesta sexta-feira nos Estados Unidos 'Babel' (que está em cartaz na 30ª Mostra de SP), um filme sobre a falta de comunicação que lhe valeu o prêmio de melhor diretor em Cannes e que, segundo disse à Efe, considera "mais que um trabalho".

No longa, os efeitos da falta de comunicação são percebidos em quatro partes do mundo, uma delas na fronteira entre os Estados Unidos e o México. "Para muitos mexicanos, a fronteira é um ritual de humilhação", afirmou o diretor do filme que recebeu críticas positivas tanto em relação ao conteúdo quanto à técnica.

Embora o tema central seja a falta de comunicação, González Iñárritu destaca a existência de "comentários sociais e políticos". Entre elas, estão sua preocupação com "a paranóia do regime de George W. Bush com o terrorismo e a imigração, assuntos que ele [Bush] relaciona entre si, embora não tenham nada a ver um com o outro".

Mas, além de suas preocupações sociais e políticas, o cineasta afirma que seu desejo foi o de fazer um filme íntimo sobre pais e filhos. "Por isso falo de uma trilogia. Porque busca o mesmo que explorei em meus filmes anteriores, em 'Amores Brutos' em nível local, em '21 Gramas' em nível internacional e com 'Babel' em escala global", acrescenta.

Para filmar "Babel", González Iñárritu passou um ano rodando pelo mundo todo junto com o diretor de fotografia Rodrigo Prieto, seu compatriota e amigo, em todos os formatos. "Dezesseis milímetros para o Marrocos, 35 milímetros no México e anamórfico para o Japão."

Elenco

Os atores que participam do filme só se encontraram pessoalmente no Festival de Cannes, quando "Babel" rendeu o prêmio de melhor diretor para González Iñárritu, um bom cartão de visitas para a temporada do Oscar.

O cineasta prefere desconversar quando o assunto é Oscar. Parece mais interessado em falar sobre o desafio pessoal que foi a realização do filme. "Para mim, 'Babel' é mais que um trabalho, um filme que comecei a rodar sem sequer ter financiamento", considera.

Uma aventura na qual Brad Pitt embarcou sem a necessidade de uma proposta milionária. "Brad tem esse lado que gosta do risco e isso tem muito a ver com ele", afirma o diretor, que considera esse o papel mais maduro de Pitt até hoje.

Brincando com seu compatriota Gael García Bernal --outra das estrelas do filme-- o cineasta que deu uma chance ao ator em "Amores Brutos" é mais crítico: "Ele é muito caro, não sei se vou poder contratá-lo mais porque está cotado como uma estrela. Justo eu, que o conheci quando vendia chiclete nas ruas".

Claro que o comentário vem seguido de um desses largos sorrisos de González Iñárritu, que acrescenta: "Claro, com o talento e o humor de Gael, ele pode pedir o que for".

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