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13/11/2006
-
14h09
da Ansa, em Nápoles
O cantor Mario Merola, conhecido como "o rei da canção napolitana", morreu ontem à noite ao 72 anos. Ele era considerado o último representante de Nápoles depois de Totó.
Merola morreu após quatro paradas cardíacas. Na madrugada de hoje, centenas de fãs homenagearam o artista e acompanharam o trajeto do corpo para a igreja do Carmine, em Nápoles, onde a partir de amanhã acontece o velório.
Centenas de fãs estiveram presentes desde a última terça-feira, dia em que foi internado, no hospital San Leonardo, de Castellammare di Stabia, com faixas com frases como "viva por você e por nós".
Em julho deste ano, boatos de que o cantor teria morrido foram desmentidos quando ele mesmo respondeu a diversos telefonemas dizendo: "Não, não estou morto. Aliás, hoje me sinto muito bem".
Seus admiradores, principalmente jovens, dirigiram-se ao hospital imediatamente após o anúncio da morte do cantor, nesta madrugada, para lhe dedicar uma última homenagem. Alguns chegaram a levar pizzas com a frase: "Grande Mario".
"Ele era um extraordinário intérprete da alma popular de Nápoles", afirmou ontem à noite o presidente da região da Campania, Antonio Bassolino. O ator napolitano Gino Rivieccio disse que, com a morte de Merola, morre parte de Nápoles. "É como se, ao abrir a janela, eu não visse mais o Vesúvio", comparou.
O título de "rei da canção popular napolitana" foi dado ao cantor porque ele deu caráter de espetáculo regional, popularidade, dimensão nacional e sucesso nunca visto antes para a chamada "sceneggiata" (canção popular napolitana).
Carreira
Nascido em Nápoles em 6 de abril de 1934, Merola sempre foi orgulhoso de suas origens humildes. Trabalhou como auxiliar de cozinha e estivador. No porto, foi aconselhado por seus colegas a se dedicar à música. Como todos os cantores de Nápoles, sua formação ocorreu com um repertório dos clássicos napolitanos.
No início dos anos 60, atingiu tanto sucesso que aos 31 anos se tornou protagonista absoluto da música napolitana, papel normalmente destinado aos cantores mais maduros.
Em 1976, levou a música popular napolitana pela primeira vez a Milão. Depois, seguiu para o Canadá e para os Estados Unidos, onde foi recebido na Casa Branca pelo então presidente Gerald Ford (1975-1977).
Os títulos das suas canções marcaram a história da música popular napolitana. Entre seus sucessos, estão "Lacrime Napulitane" e "I Figli so Piezz è Core".
Especial
Leia tudo o que já foi publicado sobre música napolitana
Mario Merola, "rei da canção napolitana", morre aos 72 na Itália
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O cantor Mario Merola, conhecido como "o rei da canção napolitana", morreu ontem à noite ao 72 anos. Ele era considerado o último representante de Nápoles depois de Totó.
Merola morreu após quatro paradas cardíacas. Na madrugada de hoje, centenas de fãs homenagearam o artista e acompanharam o trajeto do corpo para a igreja do Carmine, em Nápoles, onde a partir de amanhã acontece o velório.
Divulgação |
Cantor morreu aos 72 anos em Nápoles |
Em julho deste ano, boatos de que o cantor teria morrido foram desmentidos quando ele mesmo respondeu a diversos telefonemas dizendo: "Não, não estou morto. Aliás, hoje me sinto muito bem".
Seus admiradores, principalmente jovens, dirigiram-se ao hospital imediatamente após o anúncio da morte do cantor, nesta madrugada, para lhe dedicar uma última homenagem. Alguns chegaram a levar pizzas com a frase: "Grande Mario".
"Ele era um extraordinário intérprete da alma popular de Nápoles", afirmou ontem à noite o presidente da região da Campania, Antonio Bassolino. O ator napolitano Gino Rivieccio disse que, com a morte de Merola, morre parte de Nápoles. "É como se, ao abrir a janela, eu não visse mais o Vesúvio", comparou.
O título de "rei da canção popular napolitana" foi dado ao cantor porque ele deu caráter de espetáculo regional, popularidade, dimensão nacional e sucesso nunca visto antes para a chamada "sceneggiata" (canção popular napolitana).
Carreira
Nascido em Nápoles em 6 de abril de 1934, Merola sempre foi orgulhoso de suas origens humildes. Trabalhou como auxiliar de cozinha e estivador. No porto, foi aconselhado por seus colegas a se dedicar à música. Como todos os cantores de Nápoles, sua formação ocorreu com um repertório dos clássicos napolitanos.
No início dos anos 60, atingiu tanto sucesso que aos 31 anos se tornou protagonista absoluto da música napolitana, papel normalmente destinado aos cantores mais maduros.
Em 1976, levou a música popular napolitana pela primeira vez a Milão. Depois, seguiu para o Canadá e para os Estados Unidos, onde foi recebido na Casa Branca pelo então presidente Gerald Ford (1975-1977).
Os títulos das suas canções marcaram a história da música popular napolitana. Entre seus sucessos, estão "Lacrime Napulitane" e "I Figli so Piezz è Core".
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