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21/11/2006 - 13h16

Companhia shakespeariana cria músicas pop para sonetos

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da Efe, em Londres

A Royal Shakespeare Company, companhia teatral cujo objetivo é manter viva a obra de William Shakespeare (1564-1616), encomendou a artistas da cena pop contemporânea novas músicas para os famosos sonetos do poeta inglês.

Antony Hegarty, cantor da banda californiana Antony and the Johnsons, Liz Fraser, do Cocteau Twins, e Natalie Merchant, que ficou famosa no grupo 10.000 Maniacs, são alguns dos músicos escolhidos, segundo o jornal "The Independent".

Hegarty escolheu cinco sonetos que serão ouvidos sobre um fundo de coral de música gospel, entre eles os sonetos de números 23 e 71. A cantora Natalie Merchant escolheu o soneto 73, no qual o poeta fala sobre sua própria mortalidade e sobre os efeitos do tempo.

Logo após a leitura do soneto escolhido por cada um desses artistas --que será feita por um ator do Royal Shakespeare Company--, virá a "resposta musical" correspondente.

Segundo Deborah Shaw, diretora do festival "Complete Works" --no qual se representa toda a obra shakespeariana--, os artistas têm a liberdade de fazer com os sonetos o que acharem melhor e podem, inclusive, modificá-los.

Os músicos, no entanto, não interpretarão suas próprias versões. Essa tarefa ficará a cargo da soprano Anna-Maria Friedmann e do tenor John Potter, que serão acompanhados por uma orquestra.

Turnê

Todas essas versões poderão ser ouvidas nos dias 24 e 25 de fevereiro em uma produção intitulada "Nothing Like the Sun" (nada como o sol), que estreará em Stratford-upon-Avon, cidade natal de Shakespeare, e que depois passará por diversas cidades do país.

A idéia original dessa produção é de Gavin Bryars, que trabalhou como músico de jazz antes de colaborar com John Cage e com outros compositores de vanguarda nos Estados Unidos. Ele também participará ativamente do evento.

A Royal Shakespeare Company anunciou também que encomendará novas obras de teatro para acrescentar autores como Adriano Shaplin, Roy Williams, Leo Butler e Marina Carr a seu repertório.

A idéia é que alguns destes autores trabalhem estreitamente com os atores da companhia e que escrevam para eles, como ocorria nos tempos de Shakespeare, quando os grupos de teatro eram estáveis.

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