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27/11/2006 - 11h20

Crítica: Nokia Trends tem produção impecável, mas faltou inovação

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MÁRCIO VERMELHO
da Folha Online

A 6ª edição do Nokia Trends, que aconteceu na Arena Skol do Anhembi, em São Paulo, neste sábado e domingo, mostrou superioridade de produção e organização em relação às edições anteriores. As 12 mil pessoas que não se intimidaram com a forte chuva puderam ver e ouvir as 14 atrações que se apresentaram divididas em dois palcos, as bandas no Live Stage e os DJs no Club Stage.

Com a produção impecável, o festival deixou um pouco a desejar apenas na falta de atrações que representassem a "inovação" musical.

Flavio Florido/Folha imagem
Show do grupo Ladytron
Show do grupo Ladytron
Os belgas do 2ManyDJs não são novidade por aqui, e seu gigantesco bootleg, que pode ser animado em alguns momentos, torna-se repetitivo. A grande colagem de músicas é feita com a intenção de animar a festa, pois em poucos minutos você pode ouvir um megamix de hits do electro mais underground seguidos por Madonna ou Technotronic, pontuados por faixas da tão propagada "new rave", uma sonoridade estridente e fácil. Apenas para dançar.

Eles também apresentaram novos remixes feitos para sucessos recentes, como a releitura de Soulwax para "Standing in the way of control", do The Gossip. Os irmãos Stephen e David Dewaele também se apresentaram com o grupo Soulwax, um show com banda mas em formato DJ set, sem intervalos entre as músicas. Antes, os mineiros do Digitaria, do sucesso "Teen Years", lançado pelo selo Gigolo Records, abriram a noite no Live Stage.

A maioria das bandas escaladas para o Nokia Trends está ligadas ao pós-punk, revival que faz sucesso desde os anos 00, com expoentes como Rapture, LCD Soundsystem e o DFA.

A banda canadense Hot Hot Heat fez show muito animado, atraindo um público jovem ao seu palco. Já o trio nova-iorquino We Are Scientists começou tímido e foi conquistando a platéia com a evolução da apresentação. Unânime mesmo foi o The Bravery, também de Nova York, com um show vibrante e momentos marcantes, como o cover de "Don't Change", do INXS, e Honest Mistake.

O "fab four" eletrônico Ladytron fechou o palco de shows com uma apresentação sutil de seus vários sucessos lançados desde 2001 até os mais recentes, do álbum "Witching Hour".

Voltando ao Club Stage, o bom e potente soundsystem do evento foi imprescindível para apresentações como a do DJ alemão Dominik Eulberg, valorizando as texturas de uma sonoridade mais minimalista. O DJ iniciou o seu set criando várias atmosferas, envolvendo o público, e passou por vertentes do techno e tech house até o neo trance, com timbres atuais e bem construídos. Foi a atração mais vanguardista do festival. Antes, apresentaram-se os DJs escolhidos pelas casas que compõem o Nokia Trends Seleção Brasileira de Clubs, como Renato Ratier (D-Edge) e Mau Mau (Lov.e).

O Nokia Trends mostrou competência em sua produção, e pode ser melhor no próximo ano se equilibrar a escalação com atrações mais curiosas, inovadoras e até um pouco experimentais, o que foi a essência do antigo sonarsound.

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