27/11/2006 - 18h03

Obcecado pelo palco, grupo Cabaret lança CD e purpurina

BRUNO YUTAKA SAITO
da Folha de S.Paulo

Quarteto carioca surgido em 2004, o Cabaret, que lança seu disco de estréia, é uma grande farsa. Em nome do glam, que travestiu o rock de ambigüidades nos anos 70, o grupo investe em clichês já usados à exaustão por David Bowie.

Divulgação

Quarteto carioca de glam rock, Cabaret lança seu disco de estréia cheio de ambigüidades

Nas 12 faixas, a estética da purpurina e as letras de um vocalista pavão versam sobre libido, luxo e estrelas.... Ops, hora de trocar de disco.

O glam sempre tem dois lados, vale lembrar. Então, basta dizer que tudo que foi escrito acima é para quem não embarca na ótima viagem que "Cabaret" proporciona.

Seja nos deliciosos e afetados vocais de Marvel ou na guitarra marcante de Peter Glitter, o Cabaret brinca com tais clichês e busca referências em Freddie Mercury, Thom Yorke, Elton John e Cauby Peixoto --e um pé na farofa do Guns N'Roses.

É teatral, mas de verdade, em faixas excelentes como "Messias Pessoal", "Um Cadáver no Palco", "O Palco Não Pode Ser Pouco" --eles são obcecados pelo palco.

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